Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Morimoto, Helena Kaminami |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-03032023-173624/
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Resumo: |
A ocorrência de co-infecção entre o HIV e o HTLV-I ou HTLV-II tem sido relatada em várias partes do mundo, provavelmente como conseqüência de as vias de transmissão desses vírus serem as mesmas, ou seja, contato sexual, transfusão sangüínea, uso de agulhas e/ou seringas contaminadas e de mãe para filho. Freqüências variáveis de co-infecção por HIV/HTLV-I e por HIV/HTLV-II têm sido descritas e estas dependem do tipo viral prevalente na região estudada. Sabe-se que esses retrovírus ativam-se mutuamente in vitro e existem evidências de que isto também ocorra in vivo, estando, assim, a co-infecção relacionada à progressão mais rápida para aids e ao surgimento de leucemias e linfomas de células T e de quadros neurológicos e dermatológicos associados à infecção por HTLV-I/II. O presente projeto de pesquisa teve como objetivo principal determinar a prevalência de infecção pelos vírus HTLV-I e HTLV-II em indivíduos com HIV/aids do município de Londrina e região. Além disso, visou caracterizar a população de indivíduos infectados por retrovírus humanos nesta região geográfica, analisando variáveis sociodemográficas, história prévia de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), presença de outras doenças infecciosas (hepatite 8, hepatite C e sífilis) e número de células CD4+. Fatores de risco associados à aquisição dessas retroviroses foram também pesquisados, assim como a variante virai de HTLV-II que predomina na região. Utilizaram-se nesta pesquisa testes sorológicos de rotina e, no caso de infecção por HTLV-I e -II, além dos ensaios sorológicos, a reação em cadeia da polimerase (PCR) e a pesquisa de polimorfismo de fragmentos de restrição enzimática (RFLP). Foram entrevistados e participaram do estudo 758 indivíduos, dos quais a maioria era de cor branca, com escolaridade de ensino fundamental completo e pertencente às classes sociais C e D. A média de idade da população foi de aproximadamente 35 anos e a DST mais freqüente foi a gonorréia, seguida de sífilis e condiloma. A contagem de células CD4+ mostrou que a maioria dos pacientes apresentava contagem acima de 200 cels/mm3 de sangue. O principal fator de risco associado à aquisição dessas retroviroses foi o sexual para a infecção por HIV, e o uso de drogas injetáveis para a infecção por HTLV-I e HTLV-II. Houve associação de infecção por HTLV-I/II com o uso de drogas injetáveis, com a hepatite C e a hepatite B. Usando os resultados obtidos com a sorologia e a biologia molecular para o HTLV-I e -II, foi possível determinar a prevalência de co-infecção por HIV/HTLV-I/II na população geral, que foi de 5,8%, sendo 0,8% para a infecção por HTLV-I e 4,9% para a infecção por HIV/HTLV-II. A PCR se mostrou mais sensível em relação ao teste confirmatório de WB para detectar casos verdadeiramente positivos de infecção por HTLV-II. Houve prevalência de infecção por HTLV-II do subtipo IIa, com predomínio das variantes a4 e a6. Detectaram-se casos de infecção por HTL V-IIa de variantes ainda não descritas na literatura, designadas de aBr, e um caso de infecção por HTLV-II do subtipo b. |