Tuberculose na Rocinha: análise de indicadores epidemiológicos e operacionais após a cobertura de 100 por cento da Estratégia de Saúde da Família

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Durovni, Patrícia Barbosa Peixoto
Orientador(a): Saraceni, Valéria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35091
Resumo: A tuberculose ainda representa um grave problema de Saúde Pública, apesar de todos os esforços realizados para o seu controle. No Brasil, uma grande expectativa se coloca diante da possibilidade da descentralização da atenção aos pacientes com tuberculose para a Atenção Primária à Saúde, notadamente através da Estratégia de Saúde da Família e do Programa de Agentes Comunitários de Saúde. No município do Rio de Janeiro, a ampliação da cobertura da Estratégia de Saúde da Família vem sendo realizada desde 2009. Em 2010, a Rocinha, uma das maiores favelas do Brasil, localizada neste município, recebeu 25 equipes de Saúde da Família, reabsorvendo os agentes comunitários de saúde e enfermeiros que trabalhavam no Programa de Agentes Comunitários de Saúde local, exclusivamente voltado para o controle da tuberculose. Realizou-se o estudo de uma coorte de casos de tuberculose de moradores da Rocinha, notificados entre janeiro de 2010 a dezembro de 2012, com o objetivo de calcular e analisar as tendências de indicadores epidemiológicos e operacionais do controle da doença, após a implantação de 100% da Estratégia de Saúde da Família nesta comunidade. As fontes de dados utilizadas foram o Sistema de Informação de Agravos de Notificação e o Sistema de Informações de Mortalidade, ambos obtidos junto à Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. As informações populacionais tiveram como fonte o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e estimativas populacionais do Instituto Pereira Passos. Os dados foram tabulados com auxílio do Tabwin e analisados utilizando os pacotes estatísticos STATA 11.2 e EpiInfo 7. Os resultados demonstraram que as equipes passaram a notificar prontamente os casos. A proporção de cura de casos novos bacilíferos obtida foi de 78,5%, 75,9% nos anos de 2010 e 2011, com 19,1% de encerramentos ignorados em 2012, até o momento. Neste grupo, o abandono foi de 11,1% e 10,2% em 2010 e 2011, respectivamente.