Estudo da mortalidade por tuberculose em Campo Grande - MS, 2001 a 2008

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Espindola, Lidia Codorniz Delamare
Orientador(a): Saraceni, Valéria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23063
Resumo: Introdução: A TB é um grave problema de saúde pública mundial. A persistência da TB em escala internacional, a despeito da existência de estratégias terapêuticas eficazes, revela não apenas a diversidade de fatores envolvidos na sua determinação, mas, sobretudo, a complexidade do seu controle. A análise da mortalidade dos pacientes que apresentavam a TB como causa básica ou associada do óbito é uma ferramenta importante para melhor avaliação dos fatores determinantes do óbito nessa população. Objetivo: Descrever a mortalidade por tuberculose (TB) no Município de Campo Grande (MCG), MS, no período de 2001 a 2008. Metodologia: Estudo descritivo retrospectivo realizado no MCG, no período de 2001 a 2008. A partir de dados do SIM dos óbitos de pessoas residentes no MCG, foram incluídos no estudo aqueles que apresentaram na DO a TB registrada como CB de morte ou menção de TB em qualquer uma das linhas das Partes I ou II (TB como causa associada). Resultados: A TB foi citada como causa básica de morte em 103 óbitos (49,7%), tendo sido mencionada como causa associada em 104 óbitos (50,3%). A maior e a menor taxa de mortalidade padronizada por faixa etária ocorreram nos anos de 2002 e 2007, respectivamente. Houve maior acometimento do sexo masculino (65%) na faixa etária entre 40 e 59 anos, sendo a TB das vias respiratórias a forma clínica predominante. Conclusão: Com relação à TB como CB de óbito, houve tendência decrescente da taxa de mortalidade específica no período do estudo, assim como mostrado em outras literaturas nacionais. Houve também concordância com outros trabalhos em relação ao perfil da mortalidade por TB. A avaliação da mortalidade por causas múltiplas permitiu analisar, de forma mais adequada, os óbitos relacionados à TB, e evidenciou a coinfecção HIV/TB como um fator que aumenta o risco de mortalidade nessa população. A utilização de dados secundários implica em limitações nos estudos de mortalidade, tendo em vista o sub-registro de óbitos por TB e o preenchimento inadequado das fichas de notificação compulsória do SINAN, comprometendo também a elaboração de estratégias para o controle dessa infecção.