Estado colonial português e medicinas ao sul do Save, Moçambique (1930-1975)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Morais, Carolina Maíra Gomes
Orientador(a): Roque, Ana Cristina, Benchimol, Jaime Larry
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Casa de Oswaldo Cruz
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/18954
Resumo: O presente trabalho busca olhar o colonialismo português pelas lentes da saúde no território de Moçambique e reconhecer a diversidade de conhecimentos acerca da saúde em Moçambique no período colonial. Busco perceber a existência de diferentes relações entre os atores representantes do colonialismo e os praticantes da medicina tradicional, entretanto considero que estas relações passaram por proibições e distanciamento e neste sentido busco perceber a prática da medicina tradicional no contexto colonial também forma resistência das populações moçambicanas frente ao colonialismo português. Através da análise destas relações entre medicina oficial e medicina tradicional procuro refletir sobre como diferentes racionalidades convivem ou excluem-se, enfatizando as dificuldades em lidar com os modos de pensamento e conhecimento do outro construído a partir de relações coloniais. De modo geral esta dissertação pretende colaborar com uma compreensão do passado colonial em Moçambique que ajude a identificar os problemas atuais como frutos de um processo histórico, entendendo a história como uma maneira de olhar o passado e o presente e a possibilidade de interferir em ambas as margens deste rio chamado tempo. Para isto faz necessário observar a história da ciência e da saúde não somente a partir dos benefícios proporcionados, mas também das suas demais consequências para a sociedade.