Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Monique França da |
Orientador(a): |
Gutiérrez, Adriana Coser |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50720
|
Resumo: |
O município do Rio de Janeiro experimentou um processo relevante de expansão da Atenção Primária à Saúde (APS) e, consequentemente, da especialidade de Medicina de Família e Comunidade (MFC) na prática de cuidado. Vale ressaltar, também, que a capital carioca ocupa a 3° posição entre as cidades brasileiras de maior número percentual de população negra autodeclarada, esta que é acometida por iniquidades raciais em saúde, impactando na determinação do processo saúde-doença. Dessa maneira, esta pesquisa tem o objetivo de compreender a transversalidade do racismo na saúde e as diretrizes organizacionais da prática do cuidado em Medicina de Família e Comunidade na APS carioca, com vistas à superação do racismo. Para tal, utilizou-se como método a análise documental do conjunto de políticas que pautam a superação do racismo na saúde, dos referenciais teóricos para prática de cuidado na MFC e dos documentos orientadores da APS. Foi possível observar como resultado desta pesquisa que o movimento negro tem um importante papel no pleito institucional da saúde da população, constatando-se que, após a criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), são gerados importantes desdobramentos, como a aprovação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e a organização do Comitê Técnico de Saúde da População Negra da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. No entanto, verificou-se, também, que há ainda insuficiência de inciativas de gestão que orientem o campo da MFC na APS carioca para uma atenção antirracista com o objetivo de colaborar para o enfrentamento das iniquidades pelas quais a população negra é atravessada. Conclui-se, portanto, que é mandatória a necessidade de inclusão da temática racial nos referenciais teóricos propostos para a APS pelos campos da MFC e Saúde Coletiva, assim como a priorização de uma agenda executiva sobre o tema junto à estrutura da gestão da APS do município do Rio de Janeiro. |