Apoptose na leishmaniose experimental murina na modelo do camundongo CBA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Figueira, Cláudio Pereira
Orientador(a): Freitas, Luiz Antonio Rodrigues de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/33960
Resumo: Apoptose e um tipo de morte celular geneticamente regulada, com características morfológicas e bioquímicas específicas, essencial na organogênese e na manutenção da homeostase do organismo. Este evento celular tambem está envolvido na patogênese de diferentes doenças. Nas doenças parasitárias, como na doença de Chagas, tem sido demonstrada a importancia deste evento para o estabelecimento da infecção pelo Trypanosoma cruzi. Na leishmaniose, poucos trabalhos tem investigado a participação da apoptose nos mecanismos de resistencia e susceptibilidade desta doença. Nós avaliamos a ocorrencia deste evento no modelo de leishmaniose murino, utilizando camundongos isogênicos CBA infectados com L. amazonensis, para as quais são susceptíveis, ou L. major, para as quais são resistentes. Diferente de outros modelos que utilizam camundongos com background genético distintos, este modele permite apontar para fatores relacionados ao parasito que possam estar determinando o padrão de resposta. Foram utilizadas diferentes técnicas para a detecção da apoptose em diferentes fases deste processo. Células do linfonodo de drenagem foram avaliadas no intervalo de 7 a 42 dias de infecção. Nós observamos através da contagem com a coloração de azul de tripan, que houve um aumento no número de células mortas nos linfonodos dos animais infectados com L. amazonensis, porém em relação ao número de células totais, o percentual de células mortas foi semelhante entre os dois grupos. Através da análise na citometria de fluxo com marcação com anexina-V, verificou-se baixa frequência de celulas apoptóticas, tanto em celulas totais como em linfocitos T CD4+ e TCD8+. Porem, verificou-se uma diminuição na frequencia de celulas CD4+ nos animais infectados. Na analise in situ atraves da marcação com a técnica de TUNEL, observou-se com sete dias um maior numero de células apoptóticas nos animais infectados com L.major e com 21 dias um maior numero de celulas em apoptose nos animais infectados com L. amazonensis, no 42° dia nao houve diferenças entre os grupos. Na microscopia eletrônica foram evidenciados os aspectos típicos de apoptose nos dois grupos, sendo que foram observados com maior frequencia macrófagos com corpos apoptoticos nos linfonodos dos animais infectados com L. amazonensis no 42° dia. A analise histopatologica mostra aumento no numero de macrofagos com 42 ° dia nos animais infectados com L. amazonensis. Os dados apresentados mostram diferenças na cinetica e na frequencia da ocorrencia de apoptose na resposta de resistencia e de susceptibilidade.