A alma e a forma do Brasil: o modernismo paulista em verde-amarelo (anos 1920)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: El-Dine, Lorenna Ribeiro Zem
Orientador(a): Wegner, Robert
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30986
Resumo: A tese estuda a chamada vertente verde-amarela do modernismo paulista, entre os anos 1925 a 1929, considerando seus contrapontos a outras perspectivas daquele movimento literário, associadas aos escritores Mário de Andrade e Oswald de Andrade. Analisa os textos programáticos verde-amarelos pela perspectiva vanguardista da implosão das fronteiras entre arte e vida, bem como da complexa aproximação desses escritores paulistas com as ciências, num contexto de institucionalização dos saberes científicos no país. Destaca como os participantes daquele movimento procuraram resguardar a prerrogativa da arte e da literatura na interpretação da brasilidade em face do crescente prestígio das ciências e dos cientistas como atores intelectuais e, ao mesmo tempo, como se acercaram de uma tradição ensaística brasileira. Focaliza o diálogo ambivalente desses escritores com as ciências, considerando o modo como conduziram um debate em torno da mestiçagem no Brasil, dando atenção às discussões da antropologia e dos estudos eugênicos. Ao mesmo tempo, ao ressaltar a leitura singular que os verde-amarelos fizeram dessa obra e de pensadores ligados à tradição alemã da filosofia da vida, este estudo chama a atenção para os referenciais estrangeiros no nacionalismo verde-amarelo. Articulando esses temas, um dos argumentos desenvolvidos nesta tese é o de que o entendimento do verde-amarelismo sobre as condições necessárias à constituição de uma forma brasileira teria sido a principal razão das divergências dos participantes desse movimento com os pares no modernismo paulista.