O desenvolvimento de um processo de infecção do Aedes aegypti pelo vírus dengue: caracterização da interação do vírus com uma população de mosquitos autóctones

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Campanelli, Eliane Silveira
Orientador(a): Pimenta, Paulo Filemon Paolucci, Cecílio, Alzira Batista
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4044
Resumo: Este estudo analisou a competência vetorial de uma população colonizada de A. aegypti ao DENV-2 além da existência da transmissão vertical do vírus por esta população e a capacidade de transmissão vertical destas fêmeas. Fêmeas de A. aegypti foram infectadas com o DENV-2 através de alimentação oral. Para analisar se a infecção artificial funcionou insetos foram dissecados e imunomarcados para o vírus dengue e observados ao microscópio laser confocal. Esta análise mostrou que intestinos, ovários e glândulas salivares apresentaram marcação para o vírus. Para confirmação dos dados de microscopia, fêmeas foram analisadas por RT-PCR e também se observou a positividade da infecção em 75 por cento das amostras testadas. A presença do vírus nos ovários nos levou a testar a capacidade das fêmeas em transmitir o vírus para a sua progênie. Para isso, mosquitos infectados puderam ovipor e as larvas do terceiro e quarto estádios foram separadas e analisadas por RT-PCR. Verificou-se que após a primeira oviposição 100 por cento das fêmeas transmitiram o vírus verticalmente e após uma segunda oviposição duas fêmeas das 25positivas, não transmitiram o vírus à sua progênie. Estes resultados mostram que a metodologia utilizada para infecção artificial foi bem sucedida e demonstrou que as fêmeas dacolônia são susceptíveis à infecção. Isto prova que, além de se infectarem, as fêmeas são também capazes de transmitir o vírus para a sua progênie. Estudos estão em progresso paraque se entenda melhor o processo de invasão do vírus dengue nos mosquitos do gênero Aedes.