Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Ramos, Ana Maria |
Orientador(a): |
Mendes, Antonio da Cruz Gouveia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27560
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Resumo: |
O alcance da qualidade na assistência ao parto e nascimento no Brasil permanece um cenário desafiador. O estudo objetivou avaliar a qualidade da assistência obstétrica em um HU da Paraíba, buscando compreender as contribuições e repercussões do ensino para o cuidado humanizado. Estudo de caso exploratório, com abordagem mista de métodos qualitativos e quantitativos por triangulação de métodos. Realizou-se 16 visitas observacionais e entrevistou-se 25 sujeitos: 10 usuárias, 14 profissionais e 01 docente. Aplicou-se 155 questionários fechados com discentes das graduações em enfermagem (N=39) e medicina (N=116). Os resultados apontam a implantação insuficiente da Rede Cegonha: carência de leitos obstétricos, desorganização dos fluxos e regulação; dificuldades em assegurar o conhecimento e vinculação à maternidade de referência, barreiras de acesso e peregrinação. Inadequações de estrutura e ambiência, recursos materiais insuficientes e rotinas organizacionais dificultam a efetivação da humanização e comprometem a qualidade do cuidado. As boas práticas estão parcialmente implantadas e necessita melhorar indicadores: taxas de cesarianas e episiotomias, verticalização do parto e a livre escolha de posição. O ensino é um elo importante na transição para o modelo humanístico e melhor qualidade da assistência, tem auxiliado na revisão e aplicação dos protocolos clínicos, proporciona oportunidades aos trabalhadores de atualização, satisfação e motivação no trabalho. Houve satisfação das usuárias com o atendimento cordial, digno, respeitoso e resolutividade do serviço. O direito ao acompanhante encontra-se implantado, com interrupções na cesariana, falta de privacidade e desconforto. A passividade das mulheres e pedidos frequentes por cesarianas refletem o desconhecimento e despreparo das parturientes e acompanhantes para o parto. Informação é um direito dos usuários, primordial para conhecimento dos benefícios do parto seguro e protagonismo da mulher na parturição. |