Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Lino, Helena da Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-27032024-143535/
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Resumo: |
Introdução - No cenário de atenção ao parto no Brasil o parto normal costuma sofrer intervenções de rotina danosas e dolorosas que beneficiam apenas o profissional. Já a cesariana, vista como \"bem de consumo\", corresponde a mais de 80% dos partos no setor privado. A falta de informação sobre riscos e benefícios das intervenções impera, deixando mulheres com pouca ou nenhuma opção de escolha. Destaca-se o importante papel do profissional na mudança desse cenário. O modelo presume que o corpo feminino é incompetente para o parto e necessita de ajuda tecnológica. Já a medicina baseada em evidências científicas, apoiada pelo feminismo, propõe que o corpo feminino seja visto como pronto para parir e redefine o papel da parturiente no parto, dividindo a responsabilidade pelas decisões com os profissionais. Objetivo - Descrevemos e analisamos diferentes percepções sobre o que profissionais de saúde do setor privado e usuárias desses serviços consideram um bom parto e um parto emocionalmente traumático, e o que acham que contribui para que cada um deles ocorra. Método - Nossa amostra foi composta por 28 sujeitos divididos em quatro grupos com 7 componentes cada, dentre eles profissionais e puérperas que chamamos de típicos, com concepções mais tradicionais de parto, e profissionais e puérperas que chamamos de atípicos, que defendem o parto natural. Para a coleta de dados foi utilizada a metodologia qualitativa, com base em entrevistas semi-estruturadas. Resultados - Os resultados mostram que há concepções bem distintas do que seria uma boa assistência ao parto por parte de profissionais típicos e atípicos e como eles vêem o papel das mulheres no parto; o primeiro grupo contribuindo para a passividade delas e o segundo, para sua autonomia e empoderamento. A concepção de parto emocionalmente traumático também é diferente nos dois grupos. Há supervalorização da dor como potencialmente traumática no caso dos típicos, enquanto os atípicos apontam a frustração das expectativas como maior causa de sofrimento emocional. As pacientes típicas, por terem pouca expectativa e/ou poucas informações, tenderam a avaliar melhor a experiência do que as atípicas. Conclusão - A satisfação no parto está relacionada às expectativas que as mulheres tinham. As expectativas estão ligadas às informações que buscaram e às que foram passadas pelos profissionais que as atenderam no pré-natal e parto. |