Inquérito manauara sobre assistência à gestação, parto e nascimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Anderson Lima Cordeiro da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-11102024-143139/
Resumo: O sistema obstétrico brasileiro tem uma história marcada por mudanças, desde a presença de parteiras até a crescente intervenção médica. As iniciativas de humanização surgiram devido aos altos índices de mortalidade materna e neonatal, porém, o aumento das cesarianas e outras intervenções, principalmente na rede privada, tem sido preocupante. A cesariana traz riscos à saúde materna e à experiência do parto. Aspectos como tempo de espera e práticas de trabalho de parto afetam a satisfação das mulheres. Iniciativas como a Rede Cegonha foram implementadas para melhorar a assistência, mas desafios persistem, especialmente na região Norte do país, com alta mortalidade materna e infantil devido a gestão ineficiente e infraestrutura inadequada. Um estudo realizado em maternidades públicas em Manaus, Amazonas, entre 2023 e 2024, com 436 mulheres, revelou que a maioria tinha ensino médio, era parda, em união estável e sem ocupação remunerada. A análise dos partos mostrou que a maioria foi vaginal, assistida por médicos, e que quase metade foi cesariana, muitas por decisão médica. Complicações maternas e neonatais variaram conforme o tipo de parto, com a prevalência de cesarianas em gestantes com pressão alta. O estudo destacou a importância da participação da mulher na escolha do parto e revelou variações na infraestrutura das maternidades. Concluiu-se que fatores sociais e médicos influenciam a escolha e os resultados do parto, evidenciando a necessidade de políticas de saúde mais inclusivas e informadas.