Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Sampaio, Gilmara de Souza |
Orientador(a): |
Costa, Jackson Mauricio Lopes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7633
|
Resumo: |
O prognóstico da leishmaniose cutânea (LC) com o uso dos antimoniais pentavalentes (Sb+5) de um modo geral é considerado bom, embora alguns casos tornem-se refratários à terapêutica tradicional. Infelizmente, não existem marcadores de gravidade da doença ou marcadores de resposta terapêutica, limitando a utilização de formas de tratamento mais efetivas. Em alguns casos, porém, existe a necessidade de utilizar outras drogas, como a anfotericina B (desoxocolato) e as pentamidinas (isotionato e mesilato), consideradas como drogas de 2ª escolha no tratamento das leishmanioses, sendo de fundamental importância à busca de novos esquemas terapêuticos. O objetivo do estudo foi comparar a eficácia entre o antimoniato-N-metilglucamina (Glucantime®) e o isotionato de pentamidina (Pentacarinat®) no tratamento da forma cutânea da leishmaniose tegumentar (LT). Trata-se de um estudo experimental, do tipo ensaio clínico, randomizado, aberto e controlado, com controles ativos (pacientes submetidos a tratamento com antimonial pentavalente). Foram cadastrados 173 pacientes com a forma cutânea da LT em atividade. O paciente com suspeita de LC foi submetido à avaliação clínica e posteriormente submetido a exames laboratoriais específicos (IDRM, exame histopatológico da lesão da pele). Foram avaliados os critérios de inclusão e, em seguida, alocados em um dos grupos para o tratamento proposto G1: Isotionato de Pentamidina (Pentacarinat®) na dose de 4mg/kg/peso de 2 em 2 dias por 5 doses com aplicação intramuscular 1x ao dia; e G2: Antimoniato-N-metilglucamina (Glucantime®), dose de 15mg/Sb+5/kg/dia durante 20 dias com aplicação endovenosa 1x ao dia. Os pacientes foram acompanhados por um período de três meses após o final do tratamento, para determinação dos desfechos principais: Cura cínica ou falha terapêutica. O acompanhamento evolutivo após o ensaio terapêutico foi de 12 meses, para avaliar a possibilidade de recidiva de lesão(ões). A duração total do estudo foi de 18 meses. A amostra do estudo foi composta, em sua maioria, por indivíduos do sexo masculino (58,3%), adultos jovens, com faixa etária entre 20-30 (34,1 %), que trabalhavam na área rural (85,1%), portadores de lesões ulceradas únicas e ou múltiplas (64,6%), geralmente em membros inferiores. A incidência de cura clínica foi maior nos pacientes tratados com Glucantime®, com 55(61,8%) dos pacientes curados, enquanto que os dos pacientes tratados com isotionato de pentamidina (Pentacarinat®), 26(34,2%) evoluíram com cura clínica. Os resultados descritos neste estudo mostram que o isotionato de pentamidina (Pentacarinat®), medicamento considerado de 2ª escolha dentro das alternativas oferecidas pelo Ministério da Saúde (MS), não foi uma droga com melhor resposta terapêutica, quando comparada à droga de 1a escolha (Glucantime®). A relação risco versus benefício, portanto, não justifica a substituição do antimoniato-N-metilglucamina (Glucantime®) pelo isotianato de pentamidina (Pentacarinat®) nas doses usadas pelos pacientes em nosso estudo. |