Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Souza, Jaqueline Paulino de |
Orientador(a): |
Pascoal, Vanessa Peruhype Magalhães |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
s.n.
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56333
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Resumo: |
A leishmaniose cutânea localizada (LCL) é a forma clínica mais prevalente da leishmaniose tegumentar (LT) no Brasil. A resolução da doença depende do equilíbrio do sistema imunológico do hospedeiro, que aliado ao tratamento, aumentam as chances de cura. O tratamento no Brasil é realizado predominantemente com Glucantime® que pode ser administrado por duas vias: endovenosa e intralesional. Não há trabalhos acerca do perfil de resposta imune apresentado pelos pacientes que apresentam perfil clínico compatível para realizar tratamento intralesional. Nesse sentido, o estudo propôs avaliar o perfil de mediadores imunológicos do sangue periférico e exsudato inflamatório da lesão de pacientes com LCL antes do início do tratamento com Glucantime® intralesional que tiveram desfecho de cura clínica. Para isso, os níveis de quimiocinas, citocinas e fatores de crescimento foram quantificados utilizando o kit Bio-Plex Pro Human Cytokine 27 em amostras de sangue periférico e do exsudato inflamatório de indivíduos sem lesão cutânea (SL), pacientes com lesões cutâneas de origem não leishmaniótica (NL) e casos confirmados de LCL submetidos ao tratamento endovenoso (LC-EV) ou intralesional (LC-IL). No grupo NL a presença de alto produtores de fatores de crescimento circulantes é observada. Por outro lado, o grupo LC-EV apresentou perfil de lesão ligeiramente modulada, com produção de CCL4, IL-1Ra IL-9 e IL-10, enquanto o grupo LC-IL foi mais inflamatório, com alta produção de CXCL10, IL-1, IL-6, TNF, IL-12, IFN- e baixa de IL-10. Pela análise do diagrama de Venn, foi possível observar o compartilhamento de 9 biomarcadores sistêmicos e 23 do microambiente da lesão entre LC-EV e LC-IL. No entanto, no grupo LC-EV houve intensa correlação apenas entre os biomarcadores circulantes, havendo perda de conexões quando avaliados no exsudato inflamatório e o oposto foi observado no grupo LC-IL. Os resultados mostram que os pacientes que atendem aos critérios para terapia intralesional apresentam perfil imunológico diferenciado que pode ser favorável ao controle do parasito e resposta ao tratamento. Referente ao tempo de lesão, foram verificados menores níveis de CXCL8, CCL3, TNF, IFN- e GM-CSF em pacientes do grupo LC-IL com lesões recentes. Na assinatura observou-se a presença de alto produtores de citocinas moduladoras. Já na análise do diagrama de Venn, 5 e 17 biomarcadores foram exclusivos em lesões recentes e tardias, respectivamente. No entanto, maior número de conexões fortes foram observadas em pacientes com lesões recentes. O estudo de medidores imunológicos pode ser uma ferramenta importante para protocolos de recomendação da terapia intralesional que além de reduzir custos para o tratamento, possui baixa toxicidade. |