Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Saheki, Mauricio Naoto |
Orientador(a): |
Pimentel, Maria Inês Fernandes,
Pacheco, Sandro Javier Bedoya |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12458
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Resumo: |
Fundamento: Na atualidade, há um corpo crescente de pesquisas que apontam para novas drogas e esquemas alternativos de antimônio para o tratamento da leishmaniose tegumentar americana (LTA). Nesse contexto, as recomendações dos consensos mais recentes convergem para a necessidade urgente de ensaios clínicos na LTA. Embora o tratamento alternativo com dose baixa de antimônio venha sendo utilizado nos últimos 30 anos, a evidência disponível provém de dois estudos retrospectivos, dois estudos prospectivos e relatos de caso. Em nosso conhecimento, este é o terceiro estudo randomizado que compara dose baixa com a dose alta de antimônio pentavalente (Sb5+) para o tratamento da LTA. Métodos: Em um estudo de não inferioridade, randomizado, controlado, cego realizado no estado do Rio de Janeiro, uma área endêmica de transmissão de Leishmania (Viannia) braziliensis, o tratamento em dose baixa de antimoniato de meglumina (5 mg Sb5+/kg/dia durante 30 dias) foi comparado com o tratamento em dose alta (20 mg Sb5+/kg/dia durante 20 dias) para leishmaniose cutânea americana (LCA). Participantes com idade \2265 13 anos com diagnóstico parasitológico de LCA foram randomizados para tratamento com dose baixa ou dose alta de antimoniato de meglumina. Os investigadores foram mascarados para o tratamento alocado. O desfecho primário foi a cura clínica no dia 360 nas populações de intenção de tratar modificada (mITT) e por protocolo (PP). Os desfechos secundários foram tempo de epitelização, tempo de cura clínica, grau de redução da lesão e da úlcera no dia 30. A margem de não inferioridade predeterminada foi de 15%. Este estudo foi registrado no endereço eletrônico ClinicalTrials.gov, registro número NCT01301924 Resultados: Entre outubro de 2008 e dezembro de 2011, um total de 60 pacientes com LCA foi alocado para receber tratamento com antimoniato de meglumina em dose baixa ou em dose alta (30 por grupo). Na população de mITT, o desfecho primário foi atingido em 76,7% dos pacientes em dose alta versus 73,3% dos pacientes em dose baixa (diferença de risco 3,3%, IC 95% unicaudal: -15,2 a 21,9%; p=0.15) (não inferioridade não demonstrada). Na análise PP, a cura clínica no dia 360 foi observada em 84,6% dos pacientes em dose alta versus 75,9% em dose baixa (diferença de risco 8,8%, IC 95% unicaudal: -9,2% a 26,7%; p=0,28) (não inferioridade não demonstrada). Não foi observada diferença significativa nos desfechos secundários. Embora a diferença na frequência de efeitos adversos não tivesse sido significativa entre os grupos de tratamento, pacientes tratados em dose alta tiveram efeitos adversos clínicos (p=0,04) e laboratoriais (p=0,01) mais graves do que aqueles que receberam dose baixa. Interpretação: Este estudo pode constituir como evidência para as recomendações de um consenso recente que determina a utilização dos dias 180 a 360 como o desfecho de tempo ideal para avaliar cura clínica e levanta a questão intrigante sobre o melhor tempo para definir cura clínica na LTA. Embora a hipótese de não inferioridade não tenha sido formalmente determinada neste estudo, tendo em vista sua segurança e tolerabilidade, o tratamento com antimônio em dose baixa pode ser considerada como uma alternativa aceitável em pacientes incapazes de tolerar ou que apresentem contraindicação ao tratamento padrão em alta dose de antimônio |