Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Braga, Thalita Gagini |
Orientador(a): |
Schubach, Armando de Oliveira,
Madeira, Maria de Fátima |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8048
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Resumo: |
Pacientes com leishmaniose cutânea (LC) apresentam variada resposta à terapêutica com antimoniais pentavalentes, desde a cura clínica até a falha terapêutica e reativação da doença. Aspectos relacionados ao hospedeiro, aos parasitos, aos diferentes fármacos e aos diferentes esquemas terapêuticos podem influenciar nesse desfecho. No estado do Rio de Janeiro, tem sido relatada resposta terapêutica favorável a baixas doses de antimoniais (5mg Sbv/kg/dia). É possível que esse resultado esteja relacionado a características genéticas das subpopulações de Leishmania braziliensis que circulam nesse Estado. Neste estudo investigou-se a variabilidade genética e a sensibilidade in vitro ao antimoniato de meglumina de amostras de L. braziliensis, comparando isolados obtidos de pacientes com LC respondedores ou não respondedores ao tratamento com 5mg Sbv/Kg/dia. Foram estudadas amostras de pacientes diagnosticados no Laboratório de Vigilância em Leishmanioses (Vigileish) do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas - Fundação Oswaldo Cruz entre 1999 e 2011. Utilizamos uma amostra de conveniência compreendendo 54 isolados recuperados do banco de cepas do Vigileish, as quais foram distribuídas em quatro subgrupos obedecendo a critérios de inclusão: RRJ) Respondedores ao primeiro curso de tratamento, com infecção adquirida no estado do Rio de Janeiro; NRRJ) Não respondedores ao primeiro curso de tratamento, com infecção no estado do Rio de Janeiro; ROE) Respondedores ao tratamento, com infecção adquirida em outros estados brasileiros e NROE) Não respondedores, com infecção em outros estados brasileiros A metodologia utilizada compreendeu inicialmente a caracterização das amostras pela técnica de isoenzimas e após, avaliação da sensibilidade ao antimoniato de meglumina por diluição limitante (DL50) utilizando formas promastigotas e análise da variabilidade genética por Low-Stringency Single-Specific-Primer (LSSP-PCR). Dados clínicos e laboratoriais relacionados ao diagnóstico dos pacientes e aos resultados obtidos neste estudo foram analisados estatisticamente por cálculos em Excel e usando o programa GraphPadPrism 5.0. Os níveis da dose letal de 50% (DL50) das amostras variaram, respectivamente, de 1.9 a 6.0 mg/mL e de 2.3 a 6.4 mg/mL para pacientes respondedores ao tratamento e para pacientes não respondedores, e os valores médios para cada grupo apresentaram diferença significativa (p=0,0007). A diferença se manteve quando os grupos foram analisados separadamente por local de origem Entretanto, não foi possível associar tal resultado a padrões genéticos dos parasitos estudados após análise dos dendrogramas gerados pela técnica de LSSP-PCR. Os valores médios da Intradermorreação de Montenegro (IDRM) foram significativamente maiores em pacientes respondedores (p= 0,0301). É possível que, no grupo estudado, fatores relacionados ao hospedeiro sejam mais importantes para variação da resposta terapêutica que os fatores genéticos do parasito e que o resultado da IDRM possa ser um indicativo de resposta terapêutica na LC |