Suscetibilidade e resposta imune de mosquitos Anopheles (Diptera: Culicidae) da Região Amazônica Brasileira quando infectados experimentalmente por Plasmodium vivax.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Ríos-Velásquez, Claudia María
Orientador(a): Pimenta, Paulo Filemon Paolucci
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/10032
Resumo: A malária é um problema de saúde pública. O Brasil é o país sul-americano que mais casos aporta todo ano, a maioria deles ocorridos na região Amazônica. Até o presente não há nenhuma vacina eficaz contra a malária. O controle dessa doença baseia-se principalmente no combate vetorial. Um dos desafios atuais é encontrar novas moléculas úteis para bloquear a transmissão da malária no vetor, sendo necessário para isso conhecer a biologia da interação entre os parasitos e seus hospedeiros. A maioria dos grupos de pesquisa utiliza como modelos de laboratórios combinações não naturais de Anopheles – Plasmodium. Neste trabalho foi avaliada a suscetibilidade ao P. vivax em espécies Amazônicas de Anopheles, fêmeas de Anopheles darlingi, An. albitarsis s.l., An. nuneztovari s.l. e An. triannulatus s.l. e An. aquasalis foram infectadas com P. vivax utilizando um sistema de infecção experimental por membrana artificial. Todas as espécies de Anopheles estudadas foram suscetíveis à infecção por P. vivax, porém a taxa de infecção e o numero de oocistos variaram significativamente entre elas. An. aquasalis (Spearman rho = 0.255, n = 386, p < 0.01) e An. darlingi (rho = 0.518; n = 54, p < 0.01) mostraram uma correlação positiva entre o número de gametócitos e o número de oocistos formados. Também foi avaliada a via JAK/STAT de resposta imune em A. aquasalis, durante a fase tardia da infecção, e em A. darlingi, no início da infecção. A expressão dos genes STAT, PIAS e NOS foi avaliada por q-PCR. Em An. aquasalis a expressão dos genes estudados foi induzida a partir de 8 dPI (PIAS e NOS) e 12 dPI (STAT), e começou a diminuir aos 14dPI, provavelmente indicando a indução transitória desses genes na fase tardia da infecção. Em An. darlingi não foi observada a ativação dessa via imune durante a fase inicial da infecção com P. vivax. Estudos futuros devem ser realizados para saber de que forma os genes regulados pela via JAK/STAT podem modular o desenvolvimento do P. vivax em An. aquasalis, e outras vias de sinalização devem ser estudadas na resposta de An. darlingi à infecção pelo Plasmodium.