Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Saucha, Camylla Veloso Valença |
Orientador(a): |
Braga, José Ueleres |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/52212
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Resumo: |
Desde o início da epidemia de COVID-19, diante da elevada transmissibilidade da infecção e objetivando achatar a curva epidêmica foram adotadas medidas de distanciamento social e restrições da mobilidade social. Mesmo no atual cenário de disponibilidade de vacinas, ainda se faz necessário responder qual é o impacto da mobilidade na transmissibilidade da infecção pelo SARS-CoV-2. Esse estudo teve como objetivo identificar a relação entre a mobilidade social e a trasmissibilidade da infecção pelo SARS-CoV-2 em Recife durante a fase ascendente da primeira onda da epidemia em 2020. Trata-se de um estudo ecológico misto, a unidade espacial é o bairro (94) de Recife e a temporal, o dia (62). A fonte de dados de casos de COVID-19 foram os boletins epidemiológicos divulgados diariamente pela Secretaria Municipal de Saúde de Recife, esses dados foram utilizados para o cálculo da medida de transmissibilidade da infecção, o número reprodutivo dependente do tempo (Rt), calculado pelo método de Wallinga & Teunis. O distanciamento social foi mensurado pelo Índice de Isolamento Social (IIS) da base de dados da empresa de tecnologia de informação Inloco. Foram construídos modelos de regressão lineares generalizados (GLM) com distribuição binomial negativa para 4 lags temporais (5, 7, 10 e 14), considerando os dias que o IIS e o Rt foram medidos. O conjunto mínimo de variáveis de ajuste foi obtido a partir do gráfico acíclico direcionado (DAG), incluindo no modelo indicadores socioeconômicos extraídos do censo demográfico 2010 do IBGE e indicadores ambientais do projeto WorldClim. As análises foram realizadas utilizando os softwares R e QGIS. Nossos resultados sugerem que existe associação inversa entre o distanciamento social e a medida de transmissibilidade da infecção pelo SARS-CoV-2 nos bairros de Recife, considerando a proporção de população raça/cor preta e parda, proporção de domicílios com renda média per capita de até ½ salário-mínimo e densidade populacional como variáveis de ajuste. Ressalta-se que foi possível observar que o IIS, utilizado como medida de distanciamento social, foi maior nos finais de semana e nos bairros de melhores condições socioeconômicas. Enquanto o Rt apresentou valores mais elevados em bairros de melhores condições socioeconômicas nas primeiras semanas, porém com posterior aumento da medida na periferia da cidade, não sendo possível observar um padrão de distribuição espacial. Nossos resultados foram semelhantes a estudos anteriores e o presente estudo contribuiu para indicar a necessidade de enfrentar as dificuldades metodológicas. |