Estudo sobre o papel da placenta no bloqueio da transmissão vertical do SARS-CoV-2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Almeida, Shirley dos Santos [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/71551
Resumo: A doença do coronavírus-19 (COVID-19) é uma doença viral causada pelo SARSCoV-2 e teve a sua origem descrita em Wuhan, na China, em dezembro de 2019. Em março de 2020 a Organização Mundial da Saúde declarou situação de pandemia em razão da doença, que se propagou rapidamente e representou uma das maiores e mais ameaçadoras infecções virais da última década. O vírus causa infecções respiratórias e apesar de ser menos letal do que o SARS-CoV ou o MERS-CoV, a sua transmissão é muito mais fácil e rápida. Quando a infecção ocorria em indivíduos de grupos mais vulneráveis, a seriedade da doença era maior. No caso de mulheres grávidas, a COVID-19 aumentava o risco para condições desfavoráveis desde pré-eclâmpsia, tromboembolismo venoso, partos prematuros e até mesmo abortos e nascimentos de natimortos. As alterações no corpo causadas pela gravidez e também pela infecção podem ter servido como mecanismos para a progressão da doença e por isso era necessário entender se a placenta conseguiria proteger o feto nesse período. Este estudo teve como objetivo investigar o potencial da placenta de bloqueio da transmissão vertical do SARS-CoV-2. Para isso, células VERO E6 foram cultivadas, incubadas com extratos placentários e infectadas com SARS-CoV-2. Os sobrenadantes foram coletados para quantificar RNA viral por RT-qPCR (carga viral) e para avaliação da citotoxicidade, feita pela mensuração da liberação da enzima lactato-desidrogenase (LDH). Dessa forma podemos assumir que existem na placenta mecanismos de proteção e barreira que agem para bloquear a infecção, que ainda não foram totalmente perscrutados e que necessitam de mais estudos para um melhor entendimento.