Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Souza, Taís Suane de |
Orientador(a): |
Hökerberg, Yara Hahr Marques |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48885
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Resumo: |
Introdução: Com o envelhecimento populacional, houve um aumento da vulnerabilidade de idosos à infecção pelo dengue. Estudos sugerem que idosos com dengue possuem maior risco de evoluir com complicações, hospitalização e morte. Objetivos: Avaliar o perfil clínico e a distribuição espacial do dengue em idosos nos anos epidêmicos 2008 e 2012, na cidade do Rio de Janeiro. Métodos: Estudo ecológico para descrever a distribuição espacial das taxas de incidência e mortalidade (por cem mil habitantes) em idosos (60 anos e mais) e na população geral nas dez áreas programáticas (AP) da cidade. A fonte de dados para as notificações de dengue foi a base municipal do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). A população por faixa etária foi obtida no censo populacional de 2010. A letalidade foi avaliada para os casos com informação para classificação clínica e evolução. Foram elaborados mapas temáticos para cada indicador de saúde e a autocorrelação espacial foi avaliada pelos índices de Moran, Geary e pelo Moran local (p<0,05). Resultados: A amostra final incluiu 120.381 notificações em 2008 e 130.261, em 2012. A epidemia de 2008 foi a de maior letalidade e a de 2012 a de maior magnitude, registrando um incremento na incidência de 8% na população geral (1905 e 2061 casos por cem mil habitantes em 2008 e 2012, respectivamente) e de 38% em idosos (754 e 1038 por cem mil idosos em 2008 e 2012, respectivamente). Autocorrelação espacial negativa foi detectada em idosos para incidência (2008 e 2012), mortalidade (2012) e letalidade (2008). Nos dois anos epidêmicos, a AP 2.1 teve as menores taxas de incidência em idosos, perfil semelhante ao da população. As maiores taxas de mortalidade foram observadas na AP 5.2, ainda que autocorrelação negativa tenha sido detectada apenas em 2012. Em 2008, a letalidade em idosos residentes nas AP 5.2 (11%) e AP 5.1 (9,1%) foram discrepantes das obtidas na vizinha AP 5.3 (3,4%), todas as três com baixo nível socioeconômico. Apesar da heterogeneidade espacial das taxas de incidência em idosos ser semelhante à da população geral, a letalidade e mortalidade por dengue foi maior nos idosos das áreas com pior situação socioeconômica. Conclusão: Este estudo mostrou que a epidemia de 2008 foi a de maior gravidade. Além disto, idosos com dengue apresentaram uma evolução mais grave do que a população geral, especialmente nas regiões da cidade com piores condições socioeconômicas. |