Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Neves, Natalie Rosa Pires |
Orientador(a): |
Santos, Reinaldo Souza dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48807
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Resumo: |
Arboviroses são doenças causadas por vírus e transmitidas por mosquitos (artrópodes) a humanos, a animais ou a ambos; dengue é uma doença endêmica há muitos anos no Brasil e no Maranhão, e chikungunya foi introduzida recentemente no território nacional. Este trabalho teve como objetivo analisar os fatores associados à ocorrência de dengue e chikungunya por bairros no município de Paço do Lumiar, Maranhão, entre os anos de 2013 a 2016, através de um estudo ecológico baseado em geoprocessamento utilizando dados do SINAN, SISPNCD e IBGE. Foram confirmados 400 casos de dengue no período estudado e 748 casos de chikungunya, apenas em 2016, com predomínio do sexo feminino (\03C72= 6,25; p-valor = 0,012 para dengue e \03C72 = 74,46; p valor < 0,05 para chikungunya) e faixa etária adulta mais atingida em ambas (\03C7 2 = 371,96; p valor < 0,05 para dengue e \03C72 = 731,45; p valor < 0,05 para chikungunya). O adoecimento foi mais prevalente na área urbana, que possui, segundo o IBGE, melhores condições socioeconômicas e de entorno (maior escolaridade, maior renda, maior cobertura de serviços como água encanada, esgotamento sanitário, pavimentação, iluminação pública), além de maior densidade demográfica. O índice de Moran local bivariado entre as taxas de incidência de dengue e chikungunya (em 2016) apresentou aglomerados de baixa incidência de ambas na área rural e alta incidência na área urbana. O número absoluto de casos foi maior na estação seca, exceto em 2016 (assim como para chikungunya). Os índices de infestação predial se mostraram pouco representativos devido à baixa cobertura de imóveis visitados na maioria dos ciclos do período, não demonstrando padrão no espaço nem associação espacial com as taxas de incidência; o aumento do número de casos de dengue geralmente ocorreu dois meses após os picos da infestação. Os índices de Moran demonstraram as seguintes variáveis socioeconômicas associadas a nível global e local com as taxas de incidência: densidade demográfica, taxa de analfabetismo, percentual de coleta de lixo e de iluminação pública; muitos resultados demonstraram heterogeneidade espacial. Os casos de dengue e chikungunya concentraram-se nas áreas urbanas do município, as quais detêm os melhores níveis socioeconômicos (melhores condições de vida) e maiores densidades demográficas. Recomendações: qualificar as ações da vigilância entomológica, pois os IIP ainda são preditores importantes para o adoecimento, intervir preventivamente no elevado número total de casos durante todo o ano e não apenas na estação chuvosa, rever as definições territoriais para melhor atuação da vigilância epidemiológica. |