Análise espacial da distribuição dos casos de dengue no município de Osasco de 2007 a 2013

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pinto, Flavia Kelli Alvarenga
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-25102016-114420/
Resumo: As técnicas de análise espacial constituem-se em um importante instrumento para o entendimento dos condicionantes que compõem o processo de transmissão da dengue, contribuindo com o fornecimento de subsídios para as ações de vigilância e controle da doença. O objetivo desse trabalho foi caracterizar a distribuição espacial da dengue por meio do mapeamento dos casos no município de Osasco no período de 2007 a 2013; identificar a distribuição espacial e espaço temporal do risco de ocorrência de dengue; avaliar a relação da incidência de dengue com os índices larvários; e avaliar a relação entre dengue e os fatores socioeconômicos. Foram utilizados dados secundários obtidos na base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). A incidência anual, as principais medidas de frequência da doença e a correlação dos índices de Breteau (IB) e os casos de dengues foram analisados. Os casos notificados de dengue no município foram geocodificados a partir do eixo de logradouros e agrupados de acordo com os 928 setores censitários considerados no estudo, o que permitiu a elaboração de mapas temáticos. Utilizando-se o modelo discreto de Poisson para a identificação de conglomerados de maior ou menor risco para ocorrência de dengue no espaço e no espaço-tempo. A dependência espacial dos casos de dengue foi medida pelo Índice de Moran. Por meio de técnicas de análise de regressão linear e espacial as variáveis socioeconômicas foram associadas aos casos de dengue, no sentido de buscar o melhor modelo que esclarecesse a associação dos casos de dengue com os fatores socioeconômicos. Em todos os anos ocorreram casos de dengue e a incidência foi maior nos meses de março a maio. Os mapas gerados mostraram a distribuição espacial e espaço temporal da dengue no município. Não foi observado correlação estatística entre os casos de dengue e o IB. Na análise de espaço-temporal, foram identificados um aglomerado de alto risco, localizado na zona Norte, referente ao período de fevereiro a maio de 2007, e um outro aglomerado de baixo risco. O número de casos de dengue foi maior em áreas sem rede de abastecimento de água; com serviço de coleta do lixo; moradores de cor parda e renda domiciliar per capita de 1 a 2 salários mínimos. O modelo de regressão espacial se mostrou mais eficiente na tentativa de explicar a ocorrência da dengue em relação aos modelos lineares. As taxas de incidência de dengue em períodos epidêmicos e interepidêmicos sugerem que a transmissão de dengue é endêmica no município de Osasco. A ocorrência da dengue não apresenta padrão de distribuição uniforme. As análises espacial, espaço temporal e de modelagem por regressão apontam que a dengue atingiu diferentes estratos socioeconômicos, podendo ser atribuído a heterogeneidade espacial das condições de vida da população. Os resultados levantam a necessidade de estudos específicos dos métodos que estão sendo utilizados para medir infestações de Ae. aegypti no município. O método utilizado mostrou-se adequado para identificação de áreas de risco e por consequência direcionamento de ações e recursos do poder público