Formação de pseudocistos em trichomonas vaginalis: uma análise ultraestrutural, estrutural e proteômica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lopes, Geovane Dias
Orientador(a): Jesus, José Batista de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/29408
Resumo: Trichomonas vaginalis é o agente etiológico da tricomoníase em humanos, uma infecção sexualmente transmissível comum e global. O ciclo de vida deste parasito apresenta a forma de trofozoíto sem um estágio cístico. Entretanto, a presença de formas esféricas com flagelos internalizados e viáveis , denominadas pseudocistos, tem sido comumente observada neste parasito. Como estão em baixa proporção em cultivo axênico, a padronização de métodos de indução é fundamental para se estudar esta forma. Além disso, existem poucos estudos moleculares para compreender a formação de pseudocistos. Neste trabalho, investigamos o efeito do ferro na dinâmica da formação de pseudocistos caracterizando a mudança morfológica destes pseudocistos induzidos pela depleção de ferro por microscopia ótica e eletrônica, bem como os mecanismos moleculares envolvidos nesta transformação através de um estudo proteômico quantitativo baseado em espectrometria de massas Foi observado que a depleção de ferro induz uma mudança morfológica dos trofozoítos replicativos em pseudocistos, formas arredondadas, não multiplicativas e sem motilidade. Esta transformação morfológica está relacionada a (i) uma mudança metabólica em direção a um fenótipo menos glicolítico, (ii) alterações na abundância de maquinário de montagem hidrogenossômica ferro-enxofre (ISC); (iii) aumento da abundância de partículas reguladoras do sistema ubiquitina-proteassoma; (iv) alterações significativas nas proteínas envolvidas na adesão e reorganização do citoesqueleto; (v) parada na fase G2/M associada a alterações na abundância de proteínas reguladoras do ciclo celular. Tais dados confirmam que os pseudocistos sofrem importantes alterações fisiológicas e estruturais para sobreviver sob condições ambientais desfavoráveis.