Dinâmica espaço-temporal de casos graves por COVID-19 no Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Amaral, Léa de Freitas
Orientador(a): Bastos, Leonardo Soares
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/59870
Resumo: A COVID-19 chega ao estado do Rio de Janeiro no dia 05 de março de 2020. É uma infecção respiratória aguda potencialmente grave e podendo ser transmitida por contato, gotículas, partículas ou aerossóis. Durante toda a pandemia, o governo federal não teve uma política eficiente de enfrentamento ao vírus e sem uma estratégia nacional coordenada, os estados e municípios variaram na forma, intensidade e duração das implementação de medidas farmacológicas e não farmacológicas. O estado do Rio de Janeiro foi um dos principais pólos de disseminação viral para outras localidades brasileiras. Nesse sentido, esse trabalho tem como objetivo caracterizar o perfil epidemiológico e avaliar a dinâmica espaço-temporal de casos graves por COVID-19 no período de 2020 a 2022, em pessoas com 18 anos ou mais no estado do Rio de Janeiro. Este é um estudo observacional de coorte dinâmica que utiliza dados de casos hospitalizados por COVID-19 disponíveis no SIVEP-Gripe. Por meio de análise descritiva, a sincronicidade dos picos de hospitalização é comparada em diferentes momentos da epidemia no estado. Os resultados apontam que a epidemia da COVID-19 no estado pode ser caracterizada com a presença de sete picos no período analisado, sendo eles: B.1.1.33, Zeta, Gama, Delta e Omicron nos três últimos picos. Os picos foram observados em diferentes momentos do tempo e atingiram diferentes valores de incidência de hospitalizações nas regiões. Cada variante apresentou um comportamento diferenciado em cada uma das regiões de saúde, sendo a Metropolitana I a mais atingida. Em análise do perfil dos casos notificados, a maioria ocorreu entre a população idosa, acima de 60 anos. A maior frequência de casos aconteceu entre as pessoas brancas, mas a letalidade pela COVID-19 é maior entre as pessoas pretas. O perfil dos vacinados e hospitalizados encontra-se na faixa etária de 70 a 79 anos. Conclui-se que analisar a dinâmica espaço-temporal dos casos é indispensável para conhecer a forma que cada variante se espalhou nas regiões de saúde do estado e utilizar tais dados para poder propor medidas de prevenção, controle, alertas e resposta às emergências de saúde pública.