A sobrevida dos casos Hospitalizados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por COVID-19 no município do Rio de Janeiro, Brasil, 2020 e 2021

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Montalvão, Elisa Alves
Orientador(a): Codeço, Claudia Torres
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/57497
Resumo: No Brasil, o SARS-Cov-2 foi identificado a primeira vez em fevereiro de 2020 e rapidamente se alastrou pelo território nacional. No final de 2020, o município do Rio de Janeiro já totalizava 18.962 óbitos por COVID-19, com uma taxa de mortalidade de 284,7 por 100 mil habitantes. Em 2021 a cidade alcançou 16.312 óbitos pela doença, com uma taxa de mortalidade de 241,7 por 100 mil habitantes. O estudo teve como objetivo analisar a sobrevida dos casos hospitalizados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por COVID-19 nos anos de 2020 e 2021 no Município do Rio de Janeiro. Foi utilizado o estimador de Kaplan-Meier e o modelo semi-paramétrico de Cox para verificar o efeito de cada covariável no desfecho tempo até o óbito. Em 2020 verificou-se que a primeira fase epidêmica registrou o maior pico de internações e a menor sobrevida mediana até o óbito entre as três fases, além da maior taxa de ocupação de leitos do ano. Já a segunda fase representou um período estacionário e a terceira fase um recrudescimento de casos hospitalizados e uma razão de risco (HR) para óbito superior a primeira fase. O ano de 2021, apesar de superar 2020 em número de casos hospitalizados, apresentou aumento considerável da sobrevida mediana e a redução da letalidade e das internações em idosos e em pacientes com comorbidades. Nos dois anos de estudo, observouse uma sobrevida mediana menor e HR para óbito maior entre os pacientes que internaram nos oito primeiros dias de sintomas. Assim, em 2020, a oscilação da sobrevida entre as fases epidêmicas reflete o impacto da morbimortalidade pelas novas variantes virais e a sobrecarga cumulativa dos serviços de saúde. Em 2021, com o início da vacinação contra COVID-19, é possível observar uma redução no número de internações e aumento no tempo de sobrevida nos grupos priorizados na campanha de imunização.