Avaliação da qualidade do ato transfusional em hospital público do Distrito Federal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Diego Castanheira
Orientador(a): Figueiró, Ana Cláudia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49448
Resumo: Os componentes sanguíneos ainda são insubstituíveis e necessários em muitas terapias, porém, da mesma forma que salva vidas também há o risco de agravamento clínico do paciente se não for bem indicado ou se não houver um adequado padrão das atividades relacionadas à terapia transfusional. Este trabalho apresenta uma avaliação da qualidade técnico-científica do ato transfusional realizado no Hospital Materno Infantil de Brasília \2013 Secretaria de Saúde do Distrito Federal (HMIB/SES-DF), no ano de 2019, utilizando como base normativa o Procedimento Operacional Padrão (POP) chamado Ato Transfusional. O POP determina o processo a ser realizado pelos profissionais envolvidos na transfusão de hemocomponentes, instrumentado em exigências legais nacionais. O estudo considerou as subdimensões completude e adequação, analisadas conjuntamente, e oportunidade, para avaliação da qualidade técnica científica do ato transfusional, utilizando metodologia quantitativa e qualitativa. A etapa quantitativa considerou uma amostra de 322 unidades de análise referentes às requisições transfusionais (RT) e prontuários eletrônicos (PE). Na etapa qualitativa, utilizou-se entrevistas com questões fechadas e abertas, com onze técnicos em hemoterapia e hematologia, referentes aos pontos não adequados vislumbrados na primeira etapa. A análise demonstrou a RT como um instrumento com preenchimento adequado ao longo de todo o ano, com médias acima de 90%. O PE, diferentemente, se mostrou não adequado em todos os quesitos. As entrevistas apontaram a falta de atenção no preenchimento, a urgência dos procedimentos do ato transfusional e a dependência de outros servidores, como fatores decisivos para o desvio dos registros transfusionais. Concluiu-se que embora a etapa de RT esteja adequada, os PE requerem atenção e investimentos em melhoria da qualidade, sendo identificados problemas de natureza distintas relacionados a qualidade técnica, ao contexto, a cultura institucional e de natureza subjetiva. Mecanismos como fortalecimento da educação continuada e do comitê transfusional, e monitoramento contínuo dos registros se fazem necessários para a melhoria da qualidade técnico-científica do ato transfusional. Realizada proposta de devolutiva e sugestões de melhoria aos gestores, autores do processo e outros serviços.