Vigilância entomo-virológica em Aedes (Stegomyia) aegypti, Aedes (Stegomyia) albopictus e Culex spp. nas cidades gêmeas de Letícia (Colômbia) e Tabatinga (Brasil)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Nieto Grisales, Juan Camilo
Orientador(a): Cortés, José Joaquín Carvajal
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/59109
Resumo: Objetivo: Avaliar a dinâmica entomo-virológica de Aedes (Stegomyia) aegypti, Aedes (Stegomyia) albopictus e Culex spp., desde uma perspectiva de vigilância transfronteiriça nas cidades gêmeas de Letícia (Colômbia) e Tabatinga (Brasil). Métodos: Este é um estudo misto, observacional e ecológico transversal que visa avaliar possíveis associações entre indicadores epidemiológicos, entomológicos e virológicos das arboviroses, nas cidades gêmeas de Letícia e Tabatinga, com coleta de mosquitos adultos nas residências, detecção de vírus em soro e mosquitos, análises espaço-temporais de indicadores epidemiológicos e entomológicos. Resultados: Entre 2016 e 2022, foram confirmados 3.578 casos de dengue, dos quais 2.560 foram notificados no município de Letícia e 1.018 casos no município de Tabatinga; para os anos de avaliação 2021 e 2022, os 4 principais sintomas no perfil clínico de dengue foram febre, cefaleia, mialgia, artralgia. Leticia apresentou a maior incidência acumulada por bairro entre 2021 e 2022. Os mosquitos se distribuíram de forma heterogênea em Letícia e Tabatinga, enquanto a sua abundância, Aedes aegypti apresentou maior abundância em Letícia que em Tabatinga. Aedes albopictus somente foi capturado no município de Tabatinga. Além disso, Culex spp. em Tabatinga apresentou mais do dobro da abundância quando comparado com Letícia. Foi encontrado um caso de febre de Oropouche e 12 casos de Parvovírus humano B19, em amostras de soro de Letícia. Um pool de Culex spp., foi encontrado com presença de DENV. As análises espaço-temporais mostraram que existe uma relação espacial entre áreas de maior risco relativo para contrair dengue e a persistência de mosquitos adultos de Aedes aegypti. Conclusão: A distribuição espacial de mosquitos se apresentou de forma heterogênea nos municípios estudados e resultam em distintos perfis epidemiológicos. As análises espaço-temporais de mosquitos mostraram-se uma ferramenta útil que necessita ser integrada ao serviço rotineiro de vigilância transfronteiriça e auxiliam no planejamento de medidas de controle de arboviroses. A vigilância transfronteiriça precisa ser implementada formalmente, com fluxos da informação periódicos e constantes em Letícia e Tabatinga resultando em ações conjuntas de controle das arboviroses, a partir de indicadores de vigilância em saúde em comum.