Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Vilete, Liliane Maria Pereira |
Orientador(a): |
Coutinho, Evandro da Silva Freire |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2552
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Resumo: |
Introdução: A resiliência pode ser conceituada como um processo dinâmico que leva à adaptação positiva diante de uma adversidade e que envolve a interação entre processos sociais e intrapsíquicos de risco e de proteção. Metodologia: Tese composta por trêsartigos independentes, que apresentam a resiliência como aspecto comum. O primeiro deles apresenta uma revisão sistemática sobre a operacionalização do conceito de resiliência em estudos epidemiológicos sobre o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) seguido a eventos de violência urbana e/ou íntima. O segundo artigo traz uma revisão sistemática sobre as propriedades psicométricas da Escala de Resiliência e de suas diferentes versões. As bases de dados nas duas revisões foram: ISI; MEDLINE; PILOTS e LILACS. O terceiro artigo investigou os fatores associados à resiliência a eventos traumáticos a partir dos dados de um inquérito epidemiológico domiciliar conduzido com uma amostra representativa da população com 15 anos ou mais residente na cidade de São Paulo. A associação foi investigada através de modelos logísticos multivariados hierárquicos, tanto para traumas intensos quanto para aquelesleves/moderados. Resultados: Artigo 1) Estudos epidemiológicos sobre violência íntima e/ou urbana são relativamente recentes e muito heterogêneos no modo como operacionalizam o conceito de resiliência junto ao TEPT. Artigo 2) A literatura apresenta críticas sobre a capacidade de um instrumento único abranger a complexidade do fenômeno de resiliência. No entanto, a Escala de Resiliência vem sendo amplamente aplicada, apresentando boas propriedades psicométricas em suas diferentes versões, e sugerindo ser um instrumento útil para aferir alguns fatores individuais de resiliência. Artigo 3) O estudo seccional conduzido em São Paulo exemplificou a proposta de um método de análise que combina algumas formas de operacionalização da resiliência, demonstrando congruência dos achados (isto é, com maiores escores da Escala de Resiliência predizendo ausência de patologia após um evento traumático e com o grupo classificado como resiliente - através dessa operacionalização de adaptação positiva - apresentando os maiores escores de bem-estar). Conclusão: Apesar da complexidade do fenômeno de resiliência, a congruência dos achados aponta para a possibilidade de uma cada vez melhor apreensão do construto, favorecendo o entendimento sobre o que pode contribuir para a superação de eventos traumáticos pelos indivíduos a eles expostos. |