Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Negreiros, Catarina Bastos Trigo de |
Orientador(a): |
Penido, Carmen |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/17794
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Resumo: |
Os linfócitos T \03B3\03B4 constituem um subtipo de linfócitos T não convencional, capazes de reconhecer antígenos de forma independente de MHC, que apresentam uma importante atividade citotóxica. Os linfócitos T \03B3\03B4 humanos são altamente ativados pelo reconhecimento direto de metabólitos fosforilados, tal como o isopentenil pirofosfato (IPP), produzidos por células tumorais e infectadas. Além disso, mediadores inflamatórios, como eicosanóides, são capazes de modular a resposta destes linfócitos. Dados prévios do nosso laboratório demonstram que o acúmulo tecidual de linfócitos T \F067\F064 em diferentes modelos experimentais murinos é coordenado pelo mediador lipídico leucotrieno B4 (LTB4), cuja produção aumenta no tecido durante a resposta inflamatória, o que ocorre em paralelo à expressão do seu contrareceptor BLT1 na membrana dos linfócitos T \F067\F064. Em adição, dados da literatura demonstram que a prostaglandina E2 (PGE2) inibe a atividade citotóxica de linfócitos T \F067\F064 contra tumores. Desta forma, considerando que LTB4 é capaz de estimular linfócitos T, enquanto a PGE2 e o mediador pró-resolutivo lipoxin A4 (LXA4) são capazes de inibir a ativação de linfócitos, o objetivo deste projeto foi estudar o papel dos mediadores lipídicos LTB4, PGE2 e LXA4 na ativação de linfócitos T \03B3\03B4. Nós observamos que linfócitos T \03B3\03B4 expressam receptores BLT1, EP4 e FPR2/ALX funcionais e que têm sua expressão aumentada após estímulo com IPP. Além disso, o LTB4 levou à ativação dos linfócitos T \03B3\03B4 induzindo: i) a quimiotaxia in vitro, ii) reduzindo a expressão de L-selectina (CD62L) e iii) a polarização para a produção de IFN- \03B3 (aumento da população TCR \03B3\03B4/CD27+) O estímulo com LTB4 também potencializou a liberação de granzima B e expressão do marcador de degranulação CD107a induzido por IPP em linfócitos T \03B3\03B4. Por outro lado, a PGE2 inibiu o aumento da expressão de CD25 e a diminuição da expressão de L-selectina induzida por IPP, e induziu um aumento na população de linfócitos TCR \03B3\03B4/CCR6+ (produtores de IL-17). Ainda, o tratamento de linfócitos T \03B3\03B4 com PGE2 foi capaz de inibir a degranulação destas células (liberação de granzima B e expressão de CD107a). Os efeitos induzidos pela LXA4 sobre os linfócitos T \03B3\03B4 foram tênues, sendo mais evidentes sobre a ativação induzida por LTB4 (e não por IPP), incluindo a inibição da migração e da degranulação induzida pelo LTB4, assim como a expressão de CD25. De forma interessante, observamos que camundongos deficientes de 5- lipoxigenase (5-LO; que não produzem LXA4 e LTB4) submetidos ao modelo de metástase tumoral induzida pela injeção intravenosa da linhagem tumoral de melanoma B16F10 apresentaram mais IL-17 e menos IFN-\03B3 nos pulmões metastáticos do que camundongos selvagens. Este fenômeno ocorreu em paralelo ao maior número de grânulos tumorais. Nossos dados indicam que o LTB4 potencializa e a PGE2 inibe a ativação de linfócitos T \03B3\03B4, sugerindo um papel destes mediadores na atividade destas células |