Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Rebeca Cristina de Souza |
Orientador(a): |
Pessoa, Felipe Arley Costa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/41443
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Resumo: |
As mudanças ambientais causadas pelo desmatamento e urbanização desordenada têm promovidos alterações no ciclo de transmissão da leishmaniose tegumentar (LT). Estudos realizados nas últimas décadas têm demonstrado a presença frequente de algumas espécies vetoras de flebotomíneos em ambiente peridomiciliado, por isso, a identificação de destes vetores e detecção de agentes etiológicos nos mesmos são importantes para o desenvolvimento de medidas de controle, e de vigilância epidemiológica. Este trabalho teve como objetivo avaliar os aspectos ecológicos de flebotomíneos e verificar a taxa de infecção natural por Leishmania nos mesmos, em um assentamento rural no Amazonas. As coletas foram realizadas no assentamento rural de Rio Pardo, no município de Presidente Figueiredo, durante05 dias consecutivos nos meses de junho, julho, novembro e dezembro de 2016, em modelo de estratificação vertical e horizontal, com o uso de armadilhas luminosas HP. Os flebotomíneos, em todo ou em parte dos corpos, foram montados em lâmina e identificados. Pools de parte das fêmeas coletadas foram agrupadas em pools e foi realizada PCR convencional e PCR-RFLP da região ITS1 para detecção de DNA de Leishmania. Um total de 3.186 flebotomíneos foram identificados, compreendendo 1.751 (54%) de fêmeas e 1.435 (46%) de machos distribuídos em 13 gêneros e 52 espécies. O gênero mais abundante foi Nyssomyia, com seis espécies e 1.390 indivíduos. A espécie mais abundante foi Ny. umbratilis capturada com frequência em todos os ambientes. Foi observado diferença significativa na diversidade, entre os ambientes de solo e dossel (p= 0.00017), e entre floresta, borda e peridomicílio (p=0,0026). A equitabilidade foi maior no ambiente de borda (J’= 0,87) em relação aos demais ambientes. O índice de dominância foi maior no peridomicílio (C’=0,37), sendo Ny. antunesi a espécie mais abundante. Os ambientes de borda e floresta foram os mais similares (Cj’= 83%). Foi detectado DNA de Leishmania em cinco espécies de flebotomíneos. A taxa de infecção mínima foi de 1,15%. Foi registrado a primeira infecção por Trypanossoma sp. na espécie Sc. nematoducta e o primeiro registro de Ps. amazonensis e Lu. gomezi infectados por L. naiffi. Os resultados deste trabalho demonstram que algumas espécies de flebotomíneos presentes em ambientes silvestres estão se adaptando a ambientes mais antropizados, o que pode potencializar o contato destes insetos com novas fontes hematofágicas e com o ser humano, assim, podendo aumentar o risco de transmissão de LT na localidade. |