Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Barros, Delba Machado |
Orientador(a): |
Sá, Marilene de Castilho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4890
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Resumo: |
A redução do número de atendimentos ambulatoriais nas emergências hospitalares é um dos resultados esperados com a implantação da Estratégia da Saúde da Família, entretanto, no município de Quissamã/RJ as estatísticas dos atendimentos médicos no serviço de emergência não apontam para isso. Apesar de 100% da população estar adscrita a uma equipe de Saúde da Família, ela ainda procura “respostas rápidas” no serviço de emergência, independentemente da gravidade do problema que apresenta. Considerando que a maior parte dos problemas de saúde, segundo o ideário de potência preconizado pelo Ministério da Saúde, pode ser resolvida na Unidade de Saúde da Família, essa pesquisa visou compreender o porquê da população ainda optar por atendimento no serviço de emergência. Trata-se de um estudo de caso que teve como lócus o serviço de emergência e uma Unidade de Saúde da Família. Embora tenham sido levantados dados de natureza quantitativa para caracterizar a população que procura o serviço de emergência, é uma pesquisa predominantemente qualitativa. Foram feitas entrevistas semi-estruturadas individuais com médicos plantonistas e usuários da emergência e coletivas com os usuários e equipe de Saúde da Família, analisado boletins de atendimentos do serviço de emergência e documentos referentes à Unidade de Saúde da Família, além de observação participante. O campo teórico da Gestão em Saúde e da Psicossociologia embasaram essa pesquisa. O sistema de saúde local funciona de forma fragmentada, centrado nas tecnologias duras e leve-duras, numa lógica que privilegia a produção de procedimentos, em detrimento do cuidado. Foi visto que o “modus operandi” da Unidade de Saúde da Família apresenta contradições e desafios, por um lado, uma dificuldade de acolhimento do sofrimento, de estabelecimento de vínculo com o usuário, de responsabilização pelo cuidado e uma visão dicotômica entre promoção e assistência curativa. Por outro lado, a contradição entre “os tempos lentos” necessários a promoção e a assistência integral e os “tempos rápidos” ou o “domínio da urgência” como modalidade de subjetivação e sociabilidade na sociedade contemporânea. A inadequação da formação dos profissionais, sua baixa adesão ao projeto assistencial e a falta de credibilidade neles por parte da população foram identificados como entraves e, certamente, são outros desafios para o Sistema Único de Saúde. |