Caracterização dos pacientes readmitidos em um serviço de emergência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Valera, Rangel Biscaro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-20122006-100006/
Resumo: A grande procura pelo Serviço de Emergência e a conseqüente permanência dos pacientes em repetidas admissões representam entraves para os enfermeiros, os quais são responsáveis pelo gerenciamento desses serviços. Objetivos: Caracterizar o perfil dos pacientes readmitidos em um Serviço de Emergência de um hospital filantrópico; identificar o perfil sócio-demográfico e de morbidade dos pacientes readmitidos; caracterizar a utilização do Serviço de Emergência e identificar os fatores relacionados às readmissões. Casuística e Método: estudo transversal, descritivo e exploratório realizado em um Serviço de Emergência de um hospital filantrópico de ensino, de atenção terciária, na cidade de São Paulo. A amostra foi composta por pacientes maiores de 14 anos considerados internados no Serviço de Emergência, com mais de uma admissão, nos seis meses anteriores ao dia da coleta de dados. A coleta de dados foi realizada por meio de instrumento estruturado com questões abertas e fechadas, e as informações foram obtidas do prontuário do paciente e por entrevista direta ao paciente ou familiares, durante todo o mês de maio de 2004. Resultados: a incidência de readmissões foi de 23,3%. Houve predomínio de pacientes do sexo masculino (61,9%), idade de 40 a 90 anos (85,9%), baixa escolaridade (57,8%) e 46,7% pertenciam à área de regionalização do SUS para o serviço estudado. Quase a totalidade (92,8%) não era cadastrada no PSF, sendo que grande parte (45,4%) referiu desconhecer o programa. As principais hipóteses diagnósticas foram as doenças do aparelho circulatório (33,7%) seguidas pelas neoplasias (24,1%). A maioria dos pacientes (57,6%) foi readmitido com o mesmo diagnóstico e 23,9% devido a complicações. Na visão dos entrevistados, como fatores desencadeantes da readmissão, 40,9% referiram causas potencialmente evitáveis. A maioria dos entrevistados referiu que seu problema não foi resolvido na internação anterior, sendo o principal motivo a continuidade dos sintomas. Conclusões: A incidência de readmissões foi elevada, podendo ter sido ocasionada por evolução da doença crônico-degenerativa, idade avançada, baixo seguimento das orientações recebidas, complicações pós-operatórias, necessidade de cuidado domiciliar e não resolução do problema na admissão anterior