Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Eneida Santos de |
Orientador(a): |
Silva, Carlos Eduardo Calzavara |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34403
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Resumo: |
O curso clínico da dengue é influenciado por múltiplos fatores. Nesse contexto, o processo inflamatório e sua regulação desempenham um importante papel no prognóstico da dengue. Os eicosanoides tem considerável influência sobre a regulação de muitos mecanismos inflamatórios envolvidos em várias doenças. No entanto, poucos estudos analisaram o papel dessas moléculas durante a infecção pelo Dengue vir22us (DENV). Para quantificar as moléculas envolvidas nas principais vias produtoras de eicosanoides - a via da ciclooxigenase (COX) e da lipooxigenase (LOX) - durante a dengue, foram coletadas amostras de sangue de participantes com dengue sem sinais de alarme e não infectados. Foram quantificados os níveis plasmáticos de tromboxano A2 (TXA2), prostaglandina E2 (PGE2) e leucotrieno B4(LTB4), bem como os níveis de mRNA de tromboxano A2 sintase (TXA2S), prostaglandina E2 sintase (PGE 2S), leucotrieno A4 hidrolase (LTA4H), ciclooxigenase-2 (COX-2) e 5-lipoxigenase (5-LOX) em leucócitos do sangue periférico. Além disso, como os corpúsculos lipídicos são organelas envolvidas na síntese de eicosanoides, medimos seus níveis em leucócitos do sangue periférico e também a porcentagem de monócitos vacuolados na circulação sanguínea de indivíduos infectados por DENV, bem como a carga viral. Dos 40 voluntários incluídos neste estudo, 12 voluntários não infectados foram negativos nos testes RT-qPCR, ELISA NS1 e também ELISA IgM. Os 28 voluntários restantes apresentaram sintomas de dengue e foram positivos em pelo menos um de três testes utilizados (17 foram positivos usando RT-qPCR, 20 foram positivos usando ELISA NS1 e 16 foram positivos em ELISA IgM). Devido à grande variação de dias de sintomas relatados pelos participantes (1-12 dias de sintomas), eles foram divididos em dois grupos de acordo com a presença e ausência de IgM. Nossos resultados mostraram que a infecção pelo DENV aumenta os níveis de TXA2 em indivíduos IgM positivos. Observamos também que os leucócitos do sangue periférico não são a fonte dos níveis aumentados de TXA2 na dengue, uma vez que a expressão do mRNA das enzimas COX-2 e TXA2S estava diminuída no grupo IgM positivo. Além disso, os níveis de corpúsculo lipídico estavam aumentados em monócitos no grupo IgM negativo, mesma fase onde se observou aumento de vacuolização em monócitos e elevada carga viral. Devido ao conhecido papel vaso constritor e de agregação plaquetária do TXA2, essa molécula parece desempenhar um papel protetor contra o desenvolvimento dos sintomas graves da dengue, enquanto os corpúsculos lipídicos parecem estar envolvidos na replicação viral em monócitos. |