Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Belo, Vinícius Silva |
Orientador(a): |
Struchiner, Claudio José,
Werneck, Guilherme Loureiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20942
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Resumo: |
O conhecimento sobre a estrutura das populações de cães errantes é essencial para o planejamento e monitoramento de diferentes estratégias de controle e de bem-estar animal. Na presente tese, por meio de uma revisão sistemática da literatura, analisamos os métodos já utilizados para se estimar a abundância de cães irrestritos e os padrões obtidos nos resultados. Vinte e seis estudos foram analisados. Sete das oito publicações que utilizaram contagens por meio de censos não consideraram as diferentes probabilidades de detecção dos animais; apenas um estudo utilizou métodos baseados em distâncias; doze executaram procedimentos de captura e recaptura com análises baseadas unicamente em modelos para populações fechadas e, em sua maioria, sem considerar heterogeneidades; e seis aplicaram métodos próprios com diferentes potencialidades e limitações. Susceptibilidades a vieses na condução dos estudos estiveram relacionados com a descrição ou execução inadequada dos procedimentos de captura ou visualização e com inadequações na identificação e registro dos cães. Assim, houve uma predominância de estimativas de abundância e de densidade de baixa validade. Os resultados estimados tiveram grande variabilidade e identificou-se um número maior de cães machos em todos os estudos. Além disso, executamos um estudo de campo que analisou a dinâmica populacional e a eficácia da esterilização de cães irrestritos no município de Divinópolis-MG. Para isto, utilizamos procedimentos de captura e recaptura, com métodos de análise baseados em populações abertas. Realizaram-se, a cada dois meses, durante 14 meses, capturas, marcações, liberações e recapturas de cães em duas regiões. Em uma destas, os animais foram também esterilizados. Estimou-se a presença de 148 fêmeas e 227 machos durante todo o período de estudo. A razão cão/homem média estimada foi de 1 cão para cada 42 e 51 seres humanos, nas áreas sem e com esterilização, respectivamente. Devido ao grande número de entradas de cães, atribuídas principalmente ao abandono, houve uma tendência de aumento do tamanho populacional em ambas as regiões. As taxas de sobrevivência foram baixas, porém, a mortalidade diminuiu com o decorrer do estudo. Houve maior entrada de machos na população, mas não se observaram diferenças na sobrevivência entre os gêneros. Nenhum dos parâmetros analisados apresentou diferença significativa entre as áreas, demonstrando que a esterilização não afetou a dinâmica populacional. Assim, foram produzidas informações relevantes e inéditas para o entendimento da dinâmica de populações caninas irrestritas e levantadas alternativas para o aprimoramento deste campo de estudos. |