Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Cristiane Barata |
Orientador(a): |
Moreira, Josino Costa,
Nogueira, Simone Mitri |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25767
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Resumo: |
O uso indiscriminado de um número cada vez maior de substâncias químicas vem aumentando e a contaminação ambiental associada tem trazido sérias conseqüências para a Saúde Pública. Uma das substâncias mais importantes neste contexto devido à sua grande utilização, à contaminação ambiental resultante de sua emissão e aos efeitos sobre a saúde humana é o benzeno, classificado pelo IARC como reconhecidamente carcinogênico para humanos (grupo 1) e associado ao desenvolvimento de leucemias. Em geral a população está exposta a essa substância por meio da inalação do ar contaminado, cuja contaminação varia conforme a localização e a intensidade de suas potenciais fontes emissoras. Dentre essas fontes, a indústria petroquímica é uma das mais importantes. O município de Duque de Caxias, especificamente o distrito de Campos Elíseos, abriga o Polo Industrial de Campos Elíseos (PICE), um agrupamento de mais de 25 industrias dentre as quais a segunda maior refinaria de petróleo do País. A contaminação ambiental proveniente do PICE já é reconhecida, mas seus impactos sobre a saúde da população que vive em seu entorno ainda não estudada. Ao comparar as taxas de leucemia de 19 municípios do Estado do Rio de Janeiro, observou-se que Duque de Caxias apresentou uma das taxas mais elevadas (5,3), sugerindo a exposição da população residente naquele distrito. Avaliações hematológicas compatíveis com a contaminação por benzeno foram observadas em 33% dos 190 voluntários participantes neste estudo. Concentrações de ácido S-fenilmercaptúrico (SPMA) variando entre 0,80 e 8,01 µg g-1 de creatinina, foram determinadas na urina de 21 participantes. Aparentemente a concentração de SPMA se relaciona com as alterações hematológicas observadas. Concentração quantificável de SPMA na urina aumentaria em 60% o risco de uma das alterações hematológicas estudadas. As frequências alélicas e genotípicas das enzimas CYP2E1 e NQO1 observadas na população em estudo foi semelhante àquelas observadas em outros estudos. A presença do alelo variante no genótipo da NQO1 pode ser um fator de risco para alterações hematológicas observadas. |