Polimorfismos metabólicos e alterações clínicas e laboratoriais relacionadas à exposição ao benzeno em trabalhadores de postos de combustíveis da cidade do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Nogueira, Simone Mitri
Orientador(a): Sarcinelli, Paula de Novaes, Moreira, Josino Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24477
Resumo: A exposição ao benzeno representa um sério problema de Saúde Pública, apesar das medidas de limitação e controle empregadas nas últimas décadas. Os trabalhadores depostos de combustíveis representam uma categoria que vem sendo continuamente exposta a substâncias presentes na gasolina, dentre as quais o benzeno, capaz de causar um conjunto de sinais e sintomas denominado benzenismo, cujo diagnóstico é epidemiológico e clínico baseado na busca de alterações clínicas, principalmente hematológicas. Este estudo avaliou alterações clínicas relacionadas ao benzenismo e seis polimorfismos de genes de metabolização do benzeno em trabalhadores de postos de combustíveis do município do Rio de Janeiro. (...) A população foi categorizada em dois grupos, de acordo com a presença das alterações clínicas, principalmente sinais hematológicos. A maioria dos trabalhadores, 63,2 por cento, apresentou alterações clínicas compatíveis com o benzenismo. Estes trabalhadores mostraram diminuição na contagem de células sanguíneas, com diferença significativa para os valores de neutrófilos e MCV (indicativo de macrocitose). Este grupo mostrou maior frequência de sintomas como cefaléia, infecções repetidas, câimbras musculares,formigamentos, sonolência, tontura e perda de peso, embora nem todos com diferença significativa. (...) A mostraram freqüências mais altas dos alelos relacionados ao risco entre os trabalhadores com alterações clínicas. Foi observada uma associação entre as alterações clínicas relacionadas ao benzenismo e o genótipo nulo da GSTM1 e também com maior número de alelos relacionados ao risco (em conjunto). Entretanto, estudos baseados em maior tamanho amostral, são necessários para confirmação destes achados. Variações em genes de metabolização do benzeno devem ser consideradas nos estudos de avaliação de risco de trabalhadores expostos, por serem capazes de modificar a toxicidade do composto.