Vírus sincicial respiratório circulantes em pacientes pediátricos: epidemiologia molecular e caracterização genotípica de resistência frente ao Palivizumabe.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Dorlass, Erick Gustavo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42132/tde-04012022-111438/
Resumo: O Vírus Sincicial Respiratório Humano (HRSV) é o principal causador de infecções respiratórias em crianças, responsável por 3.8 milhões de admissões hospitalares resultantes em 74.500 mortes por ano. O HRSV é um membro da família pneumoviridae, com um genoma expressando 10 genes e codificando 11 proteínas e com dois subtipos conhecidos (A e B). A única profilaxia e tratamento para o vírus é o MAb Palivizumab (PVZ) que impossibilitam a infecção. Mutações de resistência ao PVZ já foram reportadas no mundo, mas no Brasil estes dados são desconhecidos. O Objetivo deste trabalho foi determinar os genótipos circulantes e possíveis mutantes de escapes ao PVZ nos anos 2017 a 2019. Neste estudo, recebemos 3.038 amostras de ANF de pacientes pediátricos atendidos no Hospital Universitário da USP, previamente testados para HRSV por IF. Destas, 817 (26,9%) foram positivos para o vírus e 383 (46,9%) dessas amostras foram sequenciadas pelo método de Sanger que resultou em 219 (57,1%) amostras de HRSV do subtipo A e 164 (42,9%) do HRSVB. O subtipo A foi predominante em 2017 e 2019 enquanto o subtipo B em 2018. A análise filogenética mostrou a dominância dos genótipos ON1 e BA9. Uma inserção de dois aminoácidos em uma região nunca descrita foi encontrada em uma amostra do genótipo ON1 e a predição de sua estrutura mostrou alterações conformacionais importantes na proteína G. Pelo método de Pyrosequenciamento não foi encontrada nenhuma amostra com perfil de resistência ao PVZ. O HRSV é um vírus de grande importância para saúde pública e nosso trabalho demonstrou que hoje em SP, somente circulam 2 genótipos do HRSV, com alternância anual de predominância e com uma glicoproteína de superfície maleável capaz de resistir a mutações, garantindo escape imunológico. Além disso, a utilização do Palivizumab como profilaxia, parece ainda ser eficiente, pois não foram encontrados mutantes de escape ao monoclonal em nossas amostras.