Incidência de sífilis gestacional e congênita por meio do relacionamento dos sistemas informatizados do sus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: da Silva Fernandes Nascimento, Deisy
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/25767
Resumo: Introdução: A sífilis é um agravo de saúde pública transmissível, tratável, prevenível e com incidência elevada no Brasil e no mundo. As vias de transmissão são a via sexual e transplacentária, tornando-se preocupação durante o período pré-natal. A erradicação da sífilis ainda requer melhor compreensão de aspectos epidemiológicos para direcionar as estratégias da Atenção em Saúde. Objetivo: Descrever aspectos sociodemográficos e clínicos e testar a associação estatística destas variáveis com o desenvolvimento da sífilis congênita. Métodos: Foi conduzido estudo observacional, com delineamento de coorte retrospectiva, com coleta de dados secundários. Os dados foram coletados dos bancos SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade), SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) e SINASC (Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos) e relacionados manualmente. A área geográfica do estudo foi a região de Laguna, no Sul de Santa Catarina, e o período em estudo foram os anos de 2017 a 2019. Resultados: No período entre janeiro de 2017 a dezembro 2019, 250 casos de sífilis gestacional foram notificados com predomínio de mulheres com idade entre 21 e 30 anos, de etnia branca, de baixa escolaridade e sem parceiro fixo. Do total, 73 (29,2%) casos de sífilis congênita foram identificados, sendo associados estatisticamente com baixa escolaridade e baixo número de consultas de pré-natal. O diagnóstico precoce e o tratamento materno adequado apresentaram associação estatística com a prevenção da sífilis congênita. Conclusão: A taxa de transmissão vertical ainda é superior à meta proposta pelo Ministério da Saúde do Brasil em acordo com a OPAS (Organização Panamericada de Saúde) e com a OMS (Organização Mundial da saúde), e os principais fatores associados são a baixa escolaridade, menor número de consultas de pré-natal, atraso do diagnóstico e falhas no tratamento, apesar da disponibilidade de recursos para tais ações. Os dados observados apontam para a necessidade de estruturação do Comitê de Investigação de Transmissão Vertical que coopere com a articulação entre os serviços de saúde.