Fatores relacionados à assistência das gestantes com Sífilis e recém-nascidos com Sífilis Congênita na região de saúde de Unaí-Minas Gerais no período de 2014 a 2019

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lima, Erica Viviane Antunes
Orientador(a): Camargo, Erika Barbosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50221
Resumo: Introdução: a sífilis é uma infecção sistêmica, causada por bactéria e exclusiva do ser humano. Quando não tratada precocemente, pode evoluir para uma enfermidade crônica com sequelas irreversíveis em longo prazo. As taxas de incidência de sífilis congênita do Brasil e estado de Minas Gerais estão acima do recomendado para a eliminação dessa infecção, revelando um importante problema de saúde pública. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico e fatores associados às características sociodemográficas e clínicas referentes à assistência de gestantes e recém-nascidos notificados com sífilis na Região de Saúde de Unaí-Minas Gerais, no período de 2014 a 2019. Métodos: Trata-se de estudo descritivo com abordagem quantitativa e avaliação transversal das notificações dos casos registrados. Resultados: Foi verificado que a maioria dos casos de gestantes com sífilis ocorre em mulheres jovens, pardas e com escolaridade baixa. As taxas de detecção de sífilis em gestante e de incidência de sífilis congênita apresentaram aumento de 2014 para 2019. Foi registrado coeficiente de mortalidade infantil específica por sífilis congênita de 5,2 casos a cada 100.000 nascidos vivos em 2019. Foi observada a associação entre o trimestre gestacional do diagnóstico, tratamento inadequado da gestante e não tratamento do parceiro com o desfecho de sífilis congênita. Conclusão: houve expressivo aumento de sífilis em gestante e congênita no período estudado, sendo que esta ultima encontrou-se 12 vezes acima da meta para sua eliminação em 2019. Recomenda-se investimentos em educação em saúde, qualificação de profissionais e adoção de painel de monitoramento com indicadores e metas para enfrentamento desta situação.