Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Samara Isabela Maia de |
Orientador(a): |
Souza, Nilba Lima de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22613
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Resumo: |
A sífilis é uma doença infecciosa que permanece como um dos principais agravos de notificação a ser enfrentado em âmbito global. No contexto materno-infantil relaciona-se a efeitos deletérios a partir da transmissão vertical e expõe o binômio mãe e filho a riscos como o aborto e a morte perinatal. Desse modo, ações efetivas para o controle da doença devem ser realizadas no pré-natal, em momento oportuno, para garantir a prevenção da forma congênita da doença. Neste sentido, esta pesquisa objetiva analisar as notificações de sífilis gestacional e congênita e os fatores relacionados à transmissão vertical. Trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa epidemiológica, tipo seccional, de dados secundários, realizado no ano de 2016. A amostra foi composta a partir dos critérios de elegibilidade e totalizou 129 notificações de sífilis em gestantes e 132 notificações para sífilis congênita no período entre junho de 2011 e dezembro de 2015, no Município de Natal/RN. A coleta de dados ocorreu entre os meses de maio a agosto por meio do banco do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Os dados foram analisados pela estatística descritiva e inferencial. Os testes Qui-Quadrado, T-Student e Fisher foram utilizados para verificar as associações entre as variáveis de interesse. A pesquisa recebeu parecer favorável pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sob o número 1.449.134 e Certificado de Apresentação para Apreciação Ética 53305315.3.0000.5537. No período investigado foi observado um incremento de casos notificados no ano de 2012. O perfil materno registrado aponta mulheres com idade média de 24,78 anos, pardas (70,5%), residentes na zona urbana (95,3%) do Município de Natal. A análise do pré-natal identificou predomínio do diagnóstico materno no terceiro trimestre gestacional (69%) e presença de testes não treponêmicos reagentes em 94,6% das mulheres no momento do parto. No tocante ao tratamento materno, apenas 1,6% destas mulheres foram registradas com esquema de tratamento adequado e 16,3% dos parceiros foram tratados concomitantemente às gestantes. Nos desfechos relativos às crianças, 78,8% foram registradas como assintomáticas, contudo, essa variável apresentou significância estatística quando relacionada à titulação do teste não treponêmico materno e à realização de tratamento antes do parto. Na análise espacial por georreferenciamento, foi identificado o predomínio de casos nos bairros Quintas e Felipe Camarão, ambos assistidos pelo Distrito Sanitário Oeste do município. Os resultados apontam, além disso, para lacunas importantes nos processos de vigilância epidemiológica quanto ao preenchimento das notificações no que versa a informações ignoradas e em branco. A análise da notificação da sífilis gestacional e congênita, possibilitou concluir que a transmissão vertical esteve relacionada a perdas de oportunidades diagnósticas e terapêuticas. A elaboração de estratégias para detecção precoce e adesão ao tratamento da doença devem ser adotadas, tendo em vista o fortalecimento da assistência e a quebra na cadeia da transmissão vertical da sífilis. Ressalta-se a necessidade de qualificação profissional para notificação da doença e ampliação no fornecimento de informações à vigilância epidemiológica, a fim de possibilitar a continuidade da análise ao agravo. |