Avaliação da influência do sistema melatonérgico sobre parâmetros comportamentais e bioquímicos em um modelo experimental de autismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Encinas, Andressa Manfredini Soliz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/3008
Resumo: O transtorno do espectro do autismo (TEA) é uma doença do neurodesenvolvimento com prejuízos na interação social e comportamentos repetitivos e estereotipados. Normalmente, os sintomas aparecem durante os três primeiros anos de vida, com múltiplas etiologias, alta prevalência e gravidade variável. Entre as manifestações clínicas, alterações na qualidade do sono têm sido relatadas com frequência. O sistema melatonérgico que tem como responsável o hormônio melatonina tem como principal função regular o ciclo circadiano. A melatonina e seus análagos tem sido bem sucedidos na regulação do ciclo biológico, sincronizando o ritmo circadiano. Uma análise do potencial farmacológico do sistema melatonérgico através do análago da melatonina, a agomelatina na dose de (2,5, 10 e 40) mg/kg foi realizada em tratamento crônico por 14 dias consecutivos em animais jovens e adultos utilizando um modelo experimental de autismo. A indução do modelo foi feita em fêmeas prenhes que receberam lipopolissacarídeo (LPS) por via intraperitoneal na dose de 100 ?g/kg aos 9,5 dias gestacionais. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do tratamento crônico com agomelatina em parâmetros interação social, estereotipia e parâmetros de estresse oxidativo no córtex pré-frontal, córtex posterior, estriado, hipocampo e cerebelo de ratos jovens e adultos. Os resultados mostraram que o LPS foi capaz induzir o comportamento autista na prole e a agomelatina foi capaz de reverter a estereotipia e aumentar um parâmetro de interação social nos animais jovens e adultos. Além disso, o tratamento com agomelatina aumentou os níveis de superóxido dismutase em todas as doses testadas. O conjunto desses resultados sugerem que um insulto pré-natal é capaz de interferir no desenvolvimento da prole ao longo prazo e, as alterações comportamentais e a alteração bioquímica sejam amenizadas após tratamento crônico com agomelatina sobre alguns parâmetros.