Origens psicológicas das crenças na vida após a morte:aplicação de uma perspectiva evolutiva ao estudo do pensamento religioso
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Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
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Origens psicológicas das crenças na vida após a morte:aplicação de uma perspectiva evolutiva ao estudo do pensamento religiosoTeses de doutoramento - 2012Tese de doutoramento, Psicologia (Psicologia Evolutiva), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2012Esta dissertação procurou investigar as origens psicológicas das crenças na vida após a morte (VAM). Estas crenças encontram-se em todas as culturas humanas, incluindo as de Homo sapiens pré-históricas. Esta recorrência e prevalência ao longo do tempo sugerem que, apesar da sua variabilidade intercultural, as crenças na VAM dependem de processos psicológicos universais. Ao longo de várias fases de investigação empírica, averiguou-se a existência de constrangimentos psicológicos que pudessem ser responsáveis pelo desenvolvimento intuitivo de ideias acerca da continuidade do Eu após a morte. Os resultados obtidos revelaram a existência de processos cognitivos e fenomenológicos relacionados com a consciência do Eu e sua relação com o corpo que parecem contribuir para criar uma tendência, independente das crenças explícitas na VAM, para atribuir ao Eu-morto a capacidade de ter experiências perceptivas, emocionais, epistémicas e motivacionais. O esclarecimento das origens psicológicas das crenças na VAM não ficaria, porém, concluído com a demonstração de uma tendência actual para representar implicitamente o Eu-morto como capaz de continuar a ter estados mentais. Seria necessário demonstrar a existência de uma tendência histórica e transcultural para acreditar na continuação do Eu após a morte. Para isso foi feita uma comparação intercultural do conceito de alma e sua sobrevivência em doze tradições culturais representativas de vários contextos históricos e geográficos e de tradições religiosas formais e informais. O cruzamento da informação revelou que o padrão de experiências e características atribuídas à alma após a morte pelas doze tradições é idêntico entre si e ao detectado durante os estudos empíricos anteriores. O conjunto de dados recolhidos ao longo das três fases da investigação sugere a existência de uma tendência, recorrente em Homo sapiens para acreditar na continuidade do Eu após a morte, tendência essa que se alicerça em processos psicológicos que caracterizam a consciência e fenomenologia do Eu da espécie.This dissertation addressed the psychological origins of afterlife beliefs. Afterlife beliefs are found in every human culture, and were probably already present in prehistorical cultures of Homo sapiens. The recurrence and prevalence over time of afterlife beliefs, suggest that despite their intercultural variation, they may depend on universal cognitive processes. In order to test the hypothesis that psychological constraints are responsible for the development of intuitive /implicit ideas about the continuation of the self after death three empirical studies were conducted, using both qualitative and quantitative techniques,. The results of these studies suggest that cognitive and phenomenological processes connected with self-awareness guide the representation of being dead thus creating the tendency to represent the dead-I as capable of perceptual, emotional, desire and epistemic mental states. This tendency seems to be independent on explicit afterlife beliefs, although these beliefs do affect the plausibility of an afterlife. In order to inquire about the generality of our findings an additional study was conducted. The concept of soul before and after death was examined in twelve traditions from diverse historical and geographic contexts. This comparison showed that the characteristics of the soul after death are identical in the twelve traditions, and similar to the pattern found in the three previous studies. The data collected thus supports the existence of a recurrent tendency in Homo sapiens to assume the continuation of the Self after death. This tendency relies on the action of cognitive processes that determine and constrain the consciousness and phenomenology of the Self typical of the species.Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT, SFRH/BD/27307/2006); III Quadro Comunitário de Apoio 2000-2006 (POCI 2010, Programa Operacional da Ciência e da Inovação, POS_C, Programa Operacional Sociedade do Conhecimento) e FSE.Saraiva, Rodrigo de Sá Nogueira, 1957-Faísca, Luís MiguelRepositório da Universidade de LisboaPereira, Vera Mónica Borrega, 1981-2012-11-28T14:18:06Z20122012-01-01T00:00:00Zdoctoral thesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/7303porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-17T12:55:42Zoai:repositorio.ulisboa.pt:10451/7303Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T02:31:14.643859Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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