Cardiomiopatia Hipertrófica

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Main Author: Dias, Cláudia Patrícia de Carvalho
Publication Date: 2017
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.6/8044
Summary: Introdução: A Cardiomiopatia Hipertrófica define-se por um aumento da espessura das paredes do ventrículo esquerdo que não é explicada apenas por condições anormais de sobrecarga. Em até 60% dos indivíduos a doença é transmitida de forma autossómica dominante, sendo causada por mutações em genes de proteínas sarcoméricas cardíacas. Para o diagnóstico, follow up e avaliação do prognóstico nesta patologia dispõe-se de vários exames complementares, entre os quais o registo eletrocardiográfico: o eletrocardiograma de 12 derivações e o registo ambulatório – holter. Objetivo: Caracterizar a população de doentes com o diagnóstico de Cardiomiopatia Hipertrófica do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro no que respeita às características demográficas, clínica e exames complementares de diagnóstico, em particular, as alterações do ritmo. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa de todos os doentes com diagnóstico de Cardiomiopatia Hipertrófica com apoio do serviço de diagnósticos e codificação do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro. Foram identificados 39 doentes com esse diagnóstico registado desde o ano 2000 até Dezembro de 2016, mas excluídos 5 por falta de dados/seguimento que permitisse uma avaliação completa para análise. Para este estudo observacional, transversal e retrospetivo, os dados foram recolhidos, com auxílio de um formulário, diretamente a partir dos processos clínicos dos utentes. Realizou-se posteriormente uma análise estatística descritiva e inferencial utilizando os programas Microsoft Excel® e SPSS® (Statistical Package for Social Sciences) versão 23.0. O estudo foi submetido à Comissão de Ética do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro tendo sido aprovado pela mesma. Resultados: A população de doentes tinha idades compreendidas entre os 32 e 91 anos (65,1±12,3), sendo 67,6% do sexo masculino. O sexo feminino apresentou uma média de idades cerca de 9,3 anos superior (p=0,038). A maioria (85,3%) dos doentes apresentou um ou mais sintomas (dispneia de esforço, dor torácica, palpitações, pré-síncope, síncope, tonturas, astenia). Relativamente ao eletrocardiograma, os critérios de hipertrofia do ventrículo esquerdo (64,7%) e as alterações da repolarização ventricular (50%) constituíram os achados mais frequentes, sendo que em 5,9% dos doentes este exame não apresentou alterações. Extrassístoles ventriculares (84%) e supraventriculares (60%) foram as alterações mais comuns no holter. A fibrilhação auricular documentou-se em 32,4% dos doentes e a taquicardia ventricular não sustentada, no holter, em 36%. Ecocardiograficamente, 32,4% dos doentes apresentaram obstrução do trato de saída do ventrículo esquerdo. Os doentes com critérios de hipertrofia no eletrocardiograma foram mais sintomáticos (p=0.024) e tinham uma percentagem superior de cardiomiopatia hipertrófica do tipo obstrutivo (p <0.01). Em 18.2% dos doentes que tiveram episódios de taquicardia ventricular não sustentada o ECG era normal (p= 0.035), tendo esta alteração do ritmo sido documentada em cerca de 90% dos casos através do holter. Em 8,8% dos doentes registaram-se eventos (taquicardia/fibrilhação ventricular) de acordo com as terapêuticas apropriadas na interrogação do cardioversor-desfibrilhador implantável. Conclusões: Com exceção da idade, não se verificaram diferenças estatisticamente significativas relativamente aos antecedentes, clínica, exames complementares de diagnóstico, tratamentos e eventos adversos cardíacos em função do género. A presença de critérios de hipertrofia definidos por voltagem está relacionada com o tipo obstrutivo da doença e com a ocorrência de sintomas. Apesar do tamanho relativamente pequeno da amostra, as prevalências de fibrilhação auricular e de taquicardia ventricular não sustentada foram superiores ao descrito pela literatura. Não se observaram diferenças significativas relativamente à clínica e parâmetros ecocardiográficos quando comparados os grupos com e sem fibrilhação auricular. O holter é um exame de extrema importância para a deteção de arritmias ventriculares na Cardiomiopatia Hipertrófica. Não foi demonstrada, nesta amostra, uma relação entre a máxima espessura do ventrículo esquerdo determinada por ecocardiograma e a ocorrência de taquicardia ventricular não sustentada.
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Objetivo: Caracterizar a população de doentes com o diagnóstico de Cardiomiopatia Hipertrófica do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro no que respeita às características demográficas, clínica e exames complementares de diagnóstico, em particular, as alterações do ritmo. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa de todos os doentes com diagnóstico de Cardiomiopatia Hipertrófica com apoio do serviço de diagnósticos e codificação do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro. Foram identificados 39 doentes com esse diagnóstico registado desde o ano 2000 até Dezembro de 2016, mas excluídos 5 por falta de dados/seguimento que permitisse uma avaliação completa para análise. Para este estudo observacional, transversal e retrospetivo, os dados foram recolhidos, com auxílio de um formulário, diretamente a partir dos processos clínicos dos utentes. Realizou-se posteriormente uma análise estatística descritiva e inferencial utilizando os programas Microsoft Excel® e SPSS® (Statistical Package for Social Sciences) versão 23.0. O estudo foi submetido à Comissão de Ética do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro tendo sido aprovado pela mesma. Resultados: A população de doentes tinha idades compreendidas entre os 32 e 91 anos (65,1±12,3), sendo 67,6% do sexo masculino. O sexo feminino apresentou uma média de idades cerca de 9,3 anos superior (p=0,038). A maioria (85,3%) dos doentes apresentou um ou mais sintomas (dispneia de esforço, dor torácica, palpitações, pré-síncope, síncope, tonturas, astenia). Relativamente ao eletrocardiograma, os critérios de hipertrofia do ventrículo esquerdo (64,7%) e as alterações da repolarização ventricular (50%) constituíram os achados mais frequentes, sendo que em 5,9% dos doentes este exame não apresentou alterações. Extrassístoles ventriculares (84%) e supraventriculares (60%) foram as alterações mais comuns no holter. A fibrilhação auricular documentou-se em 32,4% dos doentes e a taquicardia ventricular não sustentada, no holter, em 36%. Ecocardiograficamente, 32,4% dos doentes apresentaram obstrução do trato de saída do ventrículo esquerdo. Os doentes com critérios de hipertrofia no eletrocardiograma foram mais sintomáticos (p=0.024) e tinham uma percentagem superior de cardiomiopatia hipertrófica do tipo obstrutivo (p <0.01). Em 18.2% dos doentes que tiveram episódios de taquicardia ventricular não sustentada o ECG era normal (p= 0.035), tendo esta alteração do ritmo sido documentada em cerca de 90% dos casos através do holter. Em 8,8% dos doentes registaram-se eventos (taquicardia/fibrilhação ventricular) de acordo com as terapêuticas apropriadas na interrogação do cardioversor-desfibrilhador implantável. Conclusões: Com exceção da idade, não se verificaram diferenças estatisticamente significativas relativamente aos antecedentes, clínica, exames complementares de diagnóstico, tratamentos e eventos adversos cardíacos em função do género. A presença de critérios de hipertrofia definidos por voltagem está relacionada com o tipo obstrutivo da doença e com a ocorrência de sintomas. Apesar do tamanho relativamente pequeno da amostra, as prevalências de fibrilhação auricular e de taquicardia ventricular não sustentada foram superiores ao descrito pela literatura. Não se observaram diferenças significativas relativamente à clínica e parâmetros ecocardiográficos quando comparados os grupos com e sem fibrilhação auricular. O holter é um exame de extrema importância para a deteção de arritmias ventriculares na Cardiomiopatia Hipertrófica. Não foi demonstrada, nesta amostra, uma relação entre a máxima espessura do ventrículo esquerdo determinada por ecocardiograma e a ocorrência de taquicardia ventricular não sustentada.Introduction: Hypertrophic Cardiomyopathy is defined by an increase in left ventricle wall thickness that is not solely explained by abnormal overload conditions. In up to 60% of the individuals the disease is transmitted as an autosomal dominant trait and is caused by cardiac sarcomere protein gene mutations. For the diagnosis, follow up and prognostic evaluation of this disease there are several complementary diagnostic tests available, including the electrocardiographic recording: the 12 lead standard electrocardiogram and the ambulatory electrocardiogram monitoring – holter. Aim: To characterize the population of patients with diagnosis of Hypertrophic Cardiomyopathy of the Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro as regards its demographic, clinical and complementary diagnostic tests data, in particular, the rhythm alterations. Methods: A survey of all patients diagnosed with Hypertrophic Cardiomyopathy was carried out with the support of the diagnostic coding service of Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro. Thirty nine patients with this diagnosis from 2000 to December 2016 were identified, but five were excluded due to lack of data/follow-up that would allow a complete evaluation for analysis. For this cross-sectional, retrospective and observational study, the data were collected, with the aid of a form, directly from the patients’ clinical processes. A descriptive and inferential statistical analysis was performed using the Microsoft Excel™ and SPSS™ (Statistical Package for Social Sciences) version 23.0 programs. The study was submitted to the Ethics Committee of Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro and approval was obtained. Results: The patients’ age ranged from 32 to 91 years (65.1 ± 12.3), 67.6% of whom were male. The female sex had a mean age of about 9.3 years older (p = 0.038). Most (85.3%) of the patients have had one or more symptoms (exertional dyspnea, chest pain, palpitations, pre-syncope, syncope, dizziness, asthenia). Regarding the electrocardiogram, left ventricular hypertrophy criteria (64.7%) and ventricular repolarization abnormalities (50%) were the most frequent findings, and in 5.9% of the patients this exam did not show alterations. Ventricular (84%) and atrial (60%) extrasystoles were the most common changes on holter monitoring. Atrial fibrillation was documented in 32.4% of patients and non-sustained ventricular tachycardia on holter in 36%. Echocardiographically, 32.4% of the patients had left ventricular outflow tract obstruction. Patients with criteria for hypertrophy on the electrocardiogram were more symptomatic (p=0.024) and had a higher percentage of obstructive Hypertrophic Cardiomyopathy (p<0.01). In 18.2% of the patients who have had episodes of non-sustained ventricular tachycardia, the standard electrocardiogram was normal (p=0.035), and in about 90% of cases this rhythm abnormality was identified through holter. Cardiac events (ventricular tachycardia/fibrillation) were recorded in 8.8% of patients according to appropriate therapies in the interrogation of the implantable cardioverter-defibrillator. Conclusion: With the exception of age, there were no statistically significant differences regarding the history, clinical findings, complementary diagnostic tests, treatments and adverse cardiac events according to gender. The presence of voltage-defined hypertrophy criteria in the standard electrocardiogram was related to the obstructive type of the disease and the occurrence of symptoms. Despite the small sample of this study, the prevalence of atrial fibrillation and non-sustained ventricular tachycardia was higher than described in literature. No significant differences were observed regarding clinical findings and echocardiographic parameters among the groups with and without atrial fibrillation. Holter monitoring is an extremely important exam for detection of ventricular arrhythmias in Hypertrophic Cardiomyopathy. A relationship between the maximum thickness of the left ventricle determined by echocardiogram and the occurrence of non-sustained ventricular tachycardia has not been demonstrated.Ferreira, Ana Catarina MoutinhouBibliorumDias, Cláudia Patrícia de Carvalho2019-12-20T17:28:57Z2017-5-42017-06-232017-06-23T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8044urn:tid:202346951porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-11T16:20:32Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8044Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T01:33:33.107730Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
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