Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Guerreiro, Solano da Silva
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Orientador(a): |
Martins, Silvana Neumann
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Banca de defesa: |
Strohschoen, Andreia Aparecida Guimarães,
Forneck, Kári Lúcia,
Rodrigues, Luana Ferreira,
Eckert, Kleber |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PPGEnsino;Ensino
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10737/4548
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Resumo: |
Esta tese propõe a partir da vivência acadêmica do pesquisador, da análise dos documentos legais e institucionais e das vozes dos entrevistados, apresentar alternativas curriculares e metodológicas de ensino que possam minimizar as dificuldades de ensino e de aprendizagem na formação inicial de estudantes indígenas do curso de Licenciatura em Letras: Língua e Literatura Portuguesa e Língua e Literatura Espanhola, ofertado pelo INC/UFAM. A partir do entrelaçamento entre as inquietações do pesquisador com o horizonte vislumbrado para o ensinar e o aprender na formação de professores indígenas, emergiu o problema de pesquisa que conduziu esta investigação: “Quais as possibilidades que professores e Estudantes Indígenas Concluintes (EICs) vislumbram para a melhoria do ensino de Língua Portuguesa (LP) e de Língua Espanhola (LE) na formação inicial de professores indígenas no curso de Licenciatura em Letras: Língua e Literatura Portuguesa e Língua e Literatura Espanhola, dupla licenciatura, ofertada pelo INC/UFAM?”. A partir dessa problemática, objetivou-se: 1º) analisar, comparativamente, a organização curricular presente no Projeto Político de Curso (PPC), 2008 e 2018, do curso de Licenciatura em Letras: Língua e Literatura Portuguesa e Língua e Literatura Espanhola, ofertado pelo INC/UFAM, bem como nos PCCs de Licenciatura Indígena e/ou Intercultural Indígena ofertados pela UFAM sede, Manaus; 2º) averiguar as percepções e as práticas de ensino utilizadas pelos professores do INC/UFAM sobre o ensinar e o aprender do estudante indígena; 3º) examinar as percepções dos estudantes indígenas concluintes em relação à formação oferecida pelo curso de Licenciatura em Letras: Língua e Literatura Portuguesa e Língua e Literatura Espanhola, ofertado pelo INC/UFAM e 4º) Evidenciar as proposituras dos professores e dos estudantes indígenas concluintes em relação às práticas de ensino e mudanças curriculares no curso de Licenciatura em Letras: Língua e Literatura Portuguesa e Língua e Literatura Espanhola, ofertado pelo INC/UFAM. Para fins metodológicos, assumiu-se, nesta tese, uma abordagem qualitativa com pressupostos aproximados do estudo de caso e da pesquisa documental. Foram envolvidas duas professoras que trabalham na Licenciatura de Letras do INC/UFAM, uma Professora de Língua Portuguesa (PLP) e uma Professora de Língua Espanhola (PLE) e dez Estudantes Indígenas Concluintes (EICs). Para a produção dos dados, foram utilizadas a análise documental e a entrevista semiestruturada. Dessa forma, os documentos legais e institucionais da UFAM e as doze entrevistas compuseram o corpus desta pesquisa. Os dados produzidos foram analisados seguindo a técnica de Análise de Conteúdo (Bardin, 2016) e, com base nessa análise, foram categorizados e analisados mediante reflexões apoiadas em autores como Ausubel (1982); Duarte (1986); Silva (1991); Gadotti (1999); Tanuri (2000); Swain (2000); Matias Fleuri (2007); Fourez (2001); Vygotsky (1991, 2001); Swain e Lapkin (2001); Freitas (2002); Veiga (2003; 2004; 2009); Gatti e Barretto (2009); Saviani (2009); Silva e Ferreira (2010); Berbel (1998, 2011); Borges (2011); Cunha e Lucarelli (2013); Luck (2013); Gatti (2014); Nóvoa (2014; 2015); Demo (2015); Tardif (2017); Wagner (2018); Masetto (2018); Baniwa (2019); Moreira (2023), dentre outros. A partir dessa reflexão, identificou-se que os EICs (2023) apresentaram dificuldades em desenvolver as suas aprendizagens em LP e em LE em relação à oralidade e à escrita nas línguas, mediadoras e foco de aprendizagens. Diante desse cenário, compreende-se que há muito o que fazer no curso de Licenciatura em Letras do INC/UFAM, tendo por finalidade dar as condições necessárias para que os EICs tenham um ambiente favorável a sua formação como professores, considerando, nesse processo, uma formação que considere as especificidades, as diferenças da formação de professores indígenas, ainda que o curso investigado não seja uma licenciatura indígena nem intercultural indígena. Nesse sentido, surgiram algumas estratégias propostas pelos EICs, pela PLP, pela PLE e pelo pesquisador. Os EICs sugeriram que o NDE do curso (re)formule e (re)organize o currículo do curso, prevendo os pontos referentes à formação de professores indígenas, com a inclusão de disciplinas que trabalhem as especificidades das línguas indígenas, bem como o seu ensino. A PLP e a PLE acreditam na possibilidade do desenvolvimento de ações e de atividades extensionistas que possam contribuir na aprendizagem dos estudantes indígenas na LP e na LE. A fim de complementar a proposta das professoras, sugere-se a previsão no currículo do curso de Licenciatura em Letras do INC/UFAM de um programa de extensão que possibilite ações e atividades extensionistas de formação continuada de professores para as questões indígenas, assim como de ações e atividades extensionistas que visem minimizar as dificuldades dos EICs em LP e em LE. Para a condução dessas propostas, sugere-se o desenvolvimento dos processos de ensino e de aprendizagem por meio da Metodologia da Problematização, Método do Arco de Charles Maguerez, e da Metodologia da Aprendizagem Baseada em Problema (ABP). |