Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Jeremias, Camila Dagostim
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Orientador(a): |
Silva, André Anjos Da
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Banca de defesa: |
Bucker, Joana,
Dexheimer, Geórgia Muccillo,
Paskulin, Lívia D`Ávila |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PPGCM;Ciências Médicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10737/3892
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Resumo: |
O câncer de mama representa a neoplasia mais frequente e a principal causa de mortalidade entre as mulheres em todo o mundo. As opções terapêuticas e sobrevida estão diretamente relacionadas ao estágio da doença no momento do diagnóstico. O declínio significativo nos exames de rastreamento para o câncer de mama a partir março de 2020 devido às mudanças nas recomendações aos sistemas de saúde frente à pandemia de COVID-19 pode impactar negativamente nos números de diagnósticos precoces da doença. Objetivo: comparar a distribuição do estágio ao diagnóstico de câncer de mama invasor durante a pandemia de COVID-19 (referindo-se aos diagnósticos entre 1º de janeiro de 2020 a 31 de março de 2022) com um controle histórico do período pré pandêmico (referindo-se aos diagnósticos entre 1º de janeiro de 2018 a 31 de dezembro de 2019). Métodos: estudo observacional, transversal e retrospectivo no qual foram analisadas 127 mulheres com diagnóstico de carcinoma de mama invasivo confirmado por exame anatomopatológico, atendidas e tratadas em um centro de atendimento privado e de saúde suplementar de referência em oncologia do Vale do Taquari, no período de 1º de janeiro de 2018 a 31 de março de 2022. Excluíram-se indivíduos com idade inferior a 18 anos, pacientes do sexo masculino, diagnóstico de cânceres primários em outros sítios ou cânceres recidivados e indivíduos procedentes de municípios não pertencentes ao Vale do Taquari. A análise do qui-quadrado foi usada para comparar as distribuições no momento do diagnóstico. Resultados: houve 57 pacientes diagnosticadas com câncer de mama na pré pandemia (2018-2019) e 70 pacientes durante a pandemia (2020-2022). A proporção de pacientes diagnosticadas com doença em estágio inicial reduziu durante a pandemia de COVID-19 (32% vs 28%; p=0.70) e aumentou a prevalência em estágio avançado (5% vs 13%; p=0,16), mas essa diferença não foi estatisticamente significativa em nenhum dos estágios clínicos. Houve ainda uma maior percentagem de pacientes diagnosticadas com o fenótipo triplo negativo durante a pandemia (4% vs 13%; p=0.04). Conclusões: pacientes tinham maior probabilidade de serem diagnosticadas com câncer de mama em estágio avançado após o desligamento global devido à pandemia de COVID-19, especialmente no fenótipo triplo negativo. Esses dados levantam preocupações significativas em relação ao impacto da pandemia de COVID-19 nos diagnósticos de câncer e nos resultados de longo prazo, principalmente em subtipos histológicos com piores prognósticos. |