Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Trapp, Edgar Henrique Hein
 |
Orientador(a): |
Schwertner, Suzana Feldens
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
PPGEnsino;Ensino
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10737/2883
|
Resumo: |
Esta dissertação direcionou-se ao contexto da violência da escola. O estudo foi desenvolvido com sete ensinantes do 6o ao 9o ano do segundo ciclo do ensino fundamental de uma escola privada do centro/norte do estado do Tocantins. O objetivo foi analisar o olhar do professor sobre o processo de ensino, enquanto envolvido no fenômeno da violência da escola. A dissertação justifica-se uma vez que se propôs investigar como o professor desenvolve seu trabalho de ensinagem quando em meio à violência, e a sua relevância social se encontra atrelada à formação acadêmica e ao processo da ensinagem. Trata-se de uma investigação qualitativa e os dados foram analisados a partir da técnica de análise de conteúdo idealizada por Bardin (2011). Os instrumentos para coleta de dados foram a entrevista semiestruturada, a observação participante e o diário de bordo, no período de maio a setembro/2019. Como resultados encontrados na pesquisa, elaboraram-se três categorias; a saber: Violência da escola – “Aqui no ambiente do trabalho que eu tenho, não ouvi falar de violência”, onde os professores apresentaram possível desconhecimento sobre situações de violência simbólica promovida pela escola, permanecendo assim, de forma velada. A segunda categoria, denominada: Fatores emocionais e o processo da ensinagem em sala de aula, apontou para uma reedição da violência física utilizada no passado como controle da classe por meio do autoritarismo do professor em sala de aula, evidenciado com argumentos como a alteração da voz (gritos), ameaças, confrontação, constrangimento, sarcasmo e ironia. E a terceira categoria, denominada: Ensinagem e aprendizagem: quando a violência da escola se faz presente, indicou situações desmotivacionais que prejudicam a aprendizagem do aluno, assim como determinadas dificuldades do professor manter um controle em sala de aula, produzindo violências simbólicas contra seus alunos. Esta última categoria esclareceu também a dificuldade de alguns professores em desenvolverem as suas práticas de ensino dentro da sala de aula quando se encontram envolvidos em situações conflitivas. Por mais relevantes que foram os estudos e as próprias discussões sobre o assunto, ainda há necessidade de discussões com os professores no intuito de contribuir para o esclarecimento da circulação da violência dentro do ambiente escolar bem como a diferenciação das violências no espaço institucional, debatida arduamente por Charlot (2002). Vislumbra-se que o professor consiga fazer algo diferente por meio das investigações realizadas nesse estudo, com a possibilidade de pensar sobre a violência que o cerca e, quiçá, não ser absorvido pelo sistema institucional. |