INICIAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA NO ENSINO MÉDIO E A FORMAÇÃO DO ESTUDANTE PESQUISADOR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lima, Noeli Jung Friedrich de lattes
Orientador(a): Gonzatti, Sônia Elisa Marchi lattes
Banca de defesa: Rosa, Cleci Werner da, Strohschoen, Andréia Aparecida Guimarães, Herber, Jane
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PPGECE;Ensino de Ciências Exatas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
CET
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10737/3820
Resumo: A pesquisa como prática científica e pedagógica deveria ser mobilizada desde o Ensino Fundamental, consolidando-se no Ensino Médio, instigando os estudantes a aprender e a fazer ciência por meio de práticas investigativas. Neste contexto, destaca-se a relevância da iniciação científica (IC) para a formação dos estudantes. Assim, a presente dissertação investigou as contribuições do desenvolvimento de projetos de pesquisa na formação do estudante pesquisador no Ensino Médio, na Escola Estadual Albert Einstein no município de Guarantã do Norte em Mato Grosso. Metodologicamente, a investigação adota uma abordagem qualitativa de pesquisa. As inferências e interpretações do material empírico gerado, através de grupos focais, áudio-gravações transcritas e diários de campo, foram analisados por meio de aproximações com a técnica da análise de conteúdo. A intervenção pedagógica consistiu na realização de encontros de iniciação científica, em uma turma de 3º ano do Ensino Médio, composta por 21 estudantes. Nestes encontros, foram discutidas temáticas de interesse dos estudantes, por eles escolhidas. Eles foram orientados a respeito do planejamento e da realização de um projeto de pesquisa e suas diferentes etapas. Quatro categorias de análise expressam os principais resultados desta pesquisa, duas relacionadas às contribuições e duas aos desafios. Quanto às contribuições, emergiram duas categorias: a primeira diz respeito ao desenvolvimento de competências investigativas, a qual foi dividida em duas subcategorias: i) o desenvolvimento da argumentação, e ii) a organização de um projeto de pesquisa, associada a elementos operacionais do desenvolvimento de uma pesquisa, ou seja, a aprender sobre ciências. Já a segunda categoria, mudanças das concepções sobre a iniciação científica, destaca elementos relativos às concepções iniciais dos estudantes e às concepções que se modificaram, em algum grau, após o processo de IC. Em termos gerais, esta categoria reúne fatores ligados à compreensão dos estudantes sobre a natureza da atividade científica, que por sua vez, remete a concepções e teorias mais ou menos implícitas sobre a natureza da ciência. Em relação aos desafios e dificuldades, elencou-se duas categorias: i) dificuldades com argumentação e ii) inexperiência dos estudantes com práticas epistêmicas. Em termos gerais, foi possível concluir que, após a realização dos encontros de IC, os estudantes compreenderam que a pesquisa consiste em um processo de investigação, que orienta o desenvolvimento de um estudo e culmina com a produção de novos conhecimentos. Em síntese, é possível inferir que a iniciação científica no Ensino Médio contribuiu para o desenvolvimento de diferentes habilidades ligadas à investigação como estratégia de ensino e de produção de conhecimento. Além disso, ao aprenderem sobre fazer ciências, os estudantes também puderam refletir sobre a natureza da ciência e da atividade científica.