Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Kronhardt, Míriam Helena
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Orientador(a): |
Freitas, Elisete Maria de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PPGSAS;Sistemas Ambientais Sustentáveis
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10737/2166
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Resumo: |
Para atender novos padrões de consumo e produzir em larga escala estimulou-se a implantação de um modelo agrícola baseado na monocultura, na alta produtividade, na mecanização e no uso intensivo de insumos químicos. É inegável que esse modelo trouxe benefícios às pessoas e à economia. Entretanto, é responsável por uma série de problemas ambientais e de saúde de produtores e consumidores, principalmente, pelo uso excessivo de agroquímicos. Diante disso, vem crescendo a busca por alternativas sustentáveis na produção agrícola. É nesse contexto que surgem os sistemas agroflorestais (SAF) que, além de alternativa para a exploração econômica, constituem excelente opção para a recuperação de áreas degradadas. Diante disso, o objetivo do estudo foi caracterizar SAF implantados ou em implantação no Rio Grande do Sul (RS), conhecer como está sendo conduzido o processo de certificação de SAF pela Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do RS (SEMA) e elaborar um projeto de um SAF como proposta de recuperação de uma área degradada na região do Vale do Taquari. Foram entrevistados cinco proprietários de áreas com SAF implantados ou em implantação no RS e um dos técnicos responsáveis pelo processo de certificação florestal da SEMA. As entrevistas foram transcritas e as respostas relacionadas com base em análise pessoal, associando-se aos princípios da agroecologia e das características dos SAF. Para a elaboração do projeto de SAF, foi selecionada uma propriedade rural com área degradada no município de Santa Clara do Sul, situada na região central do RS. No presente estudo, os principais fatores apontados pelos agricultores para a implantação de SAF são manter um estilo de vida mais saudável, preservar os recursos naturais e atender a legislação vigente. A viabilidade econômica dos SAF depende das espécies que os compõem e, quanto maior a diversidade, maior a possibilidade de comercialização. Arbóreas frutíferas e hortaliças são as espécies mais exploradas nos SAF visitados. Conforme relatado pelos proprietários, a implantação do SAF trouxe melhorias financeiras às propriedades. Os incentivos recebidos por parte de técnicos e associações contribuem para que os agricultores tenham acesso a informações e conheçam casos de sucesso. Os técnicos da SEMA criaram um documento único para o licenciamento e certificação das agroflorestas, que pode ser renovada anualmente e de maneira automática. A proposta para a implantação do SAF prevê o uso de espécies de interesse comercial, conforme sugestões da proprietária (frutíferas, medicinais, ornamentais e plantas alimentícias não convencionais), e plantas que farão parte do sistema a fim de facilitar o processo de recuperação da área degradada, tanto as adubadeiras, e/ou fixadoras de nitrogênio, como aquelas que viabilizam um ambiente ecofisiológico adequado para outras espécies. Por solicitação da proprietária, para a implementação levam em consideração o uso de fertilizantes e defensivos exclusivos em sistemas de produção orgânica, o que permite agregar valor ao produto final no momento da comercialização. A maioria dos SAF visitados seguem os princípios da agroecologia e são modo de produção eficientes na recuperação de áreas degradadas. |