O processo saúde-doença nas concepções de enfermeiros e médicos da estratégia de saúde da família e sua relação com os problemas socioambientais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Schwingel, Glademir
Orientador(a): Harres, João Batista Siqueira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PPGAD;Ambiente e Desenvolvimento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
MU
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10737/58
Resumo: A Política Nacional de Atenção Básica define a Estratégia de Saúde da Família (ESF) como prioridade para mudar a atenção à saúde, do enfoque centrado na doença para a integralidade da atenção. Assim, esta pesquisa analisou as concepções de enfermeiros e médicos integrantes das equipes de saúde da ESF sobre o processo saúde-doença e suas interfaces com o ambiente. Buscou-se identificar a influência destas concepções no diagnóstico, planejamento e práticas profissionais relacionadas aos problemas socioambientais e na perspectiva da integralidade. No estudo foram entrevistados 5 médicos e 5 enfermeiros. As entrevistas foram analisadas pelo método de Análise de Conteúdo. Os resultados indicam que os enfermeiros e médicos manifestam uma concepção de saúdedoença que reconhece sua determinação social, embora persistam sinais da concepção médico-centrada. Além disso, no processo de trabalho da equipe de saúde, estes profissionais apontam dificuldades relacionadas à integração da equipe, apoio da administração pública e perfil para trabalhar com enfoque na integralidade. Para agir sobre os problemas socioambientais, estes profissionais identificam como limites uma questão sociocultural (consumismo), o poder político, a economia de mercado e a organização da equipe de trabalho. Afirmam que boa parte da população não se preocupa com a questão ambiental. A educação em saúde, o engajamento de outros profissionais da saúde, o trabalho intersetorial e as mudanças culturais em andamento são indicados como possibilidades. Conclui-se que as concepções reveladas pelos profissionais não são efetivamente transformadas em práticas profissionais. Neste contexto, o trabalho da equipe de saúde tem pouco impacto sobre os problemas socioambientais, sendo que as ações são dirigidas, sobretudo, na doença. Como implicação destes resultados, propõe-se que estratégias de educação continuada e educação permanente em saúde sejam ampliadas, para melhorar a atenção em saúde focada na integralidade, conforme preconiza o SUS.