Aproveitamento do óleo e azeite do coco babaçu (orbignya speciosa (mart.)) na produção do biodiesel

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Machado, José Silva lattes
Orientador(a): Souza, Claucia Fernanda Volken de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PPGSAS;Sistemas Ambientais Sustentáveis
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
CB
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10737/2870
Resumo: O biodiesel é uma fonte de energia renovável que poderá substituir completamente os combustíveis fósseis, possui propriedades químicas semelhantes ao diesel, mas o armazenamento, manuseio e transporte deste apresentam maior vantagem em relação ao diesel, pois o ponto de fulgor é superior. No país, os babaçuais cobrem 196 mil km2 , sendo que cerca de 60% do coco de babaçu é constituído pelo endocarpo, no qual se encontram as amêndoas em grandes quantidades. O Babaçu pode ser encontrado em vários Estados brasileiros com predominância no Maranhão. Assim, esta dissertação teve por objetivo produzir e caracterizar biodiesel a partir do óleo e do azeite do coco babaçu. Para o estudo foi utilizado óleo de coco babaçu extraído por meio da máquina Scott Tech e o azeite de coco babaçu extraído de forma manual. As caracterizações do óleo e do azeite foram realizadas por índice de acidez, densidade, estabilidade oxidativa, teor de metil éster, ponto de fluidez, ponto de fulgor, viscosidade cinemática, que foram comparadas com as Normas vigentes da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O óleo e o azeite do coco babaçu se mostraram favoráveis para a produção de biodiesel, nos quesitos de acidez, densidade, índice de saponificação e viscosidade. No que diz respeito ao teor de umidade na amostra analisada, este índice ficou alterado, porém se justifica que tal índice pode ser devido ao tempo da coleta ou mesmo quanto ao processo de secagem. Os biodieseis de óleo e azeite estão em conformidade com as normas da ANP nos itens de índice de acidez, cinzas, densidade, infravermelho, ponto de fluidez, ponto de fulgor e viscosidade cinemática. As composições dos biodieseis, conforme cromatografia gasosa, mostraram-se coerentes com a estabilidade oxidativa; já os biodieseis não se mostraram suficientemente resistentes à oxidação para alcançar o limite mínimo requerido pela ANP 798/2019 (12 horas), pois o ponto de indução (PI) detectado para o biodiesel de óleo foi 6,23 h e o biodiesel de azeite 6,19 h. Contudo, a RANP 7/2008 e a RANP 45/2014 estabeleciam o limite mínimo de 6 e 8 horas para o período de indução do biodiesel que foram alteradas pela ANP RANP 798/2019. Conclui-se que o óleo e o azeite de coco babaçu pode ser aproveitados para produção de biodiesel e contribuir para fixação do homem no campo, gerando emprego, renda e preservação ambiental.