Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Chemin, Augusto Pretto
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Orientador(a): |
Freitas, Elisete Maria de
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Banca de defesa: |
Johann, Liana,
Echer, Regis,
Temponi, Lívia Godinho |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PPGAD;Sistemas Ambientais Sustentáveis
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10737/3893
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Resumo: |
As florestas ribeirinhas vêm sendo degradadas pela ação antrópica direta ou pelas consequências destas ações, como é o caso da invasão por espécies exóticas. Elas constituem Áreas de Preservação Permanente (APPs) e, quando degradadas, necessitam ser restauradas através da aplicação de metodologias que visam ao reestabelecimento da cobertura vegetal nativa. Com isso, o objetivo deste estudo é avaliar a eficiência da associação das técnicas de restauração ecológica com controle de exóticas invasoras para a restauração de uma área degradada na margem esquerda do Rio Forqueta, no município de Travesseiro, Rio Grande do Sul. Como metodologia, foi realizada entrevista com o proprietário para conhecer o histórico de uso e ocupação da área. Também foram coletadas cinco amostras compostas de solo ao longo da área de estudo para análises físicas e químicas. Foram aplicados cinco tratamentos compostos por Núcleos de Anderson (NA), Núcleos de Anderson + Transposição de Solo (NA+TS), Núcleos de Anderson + Poleiros Artificiais (NA+PA), Núcleos de Anderson + Transposição de Solo + Poleiros Artificiais (NA+TS+PA) e Tratamento Controle (Sucessão Natural) (TC), todos com três repetições, distribuídas aleatoriamente ao longo da área. As análises físicas e químicas mostraram que o solo é arenoso, com deficiência de matéria orgânica e apresenta elevada quantidade de micronutrientes. Foram realizadas três roçadas ao longo de 11 meses para controle das plantas invasoras, uma realizada antes da aplicação das técnicas e as outras em intervalos de cinco meses. Para avaliar a evolução da vegetação, foram realizados três levantamentos fitossociológicos em todas as repetições dos tratamentos, acompanhamento da germinação nos poleiros artificiais e transposições de solo, e de sobrevivência e crescimento dos indivíduos plantados. Não houve germinação de plantas nativas no entorno dos poleiros e nas transposições de solo. Ao final de 14 meses, 20% das mudas plantadas sobreviveram. As roçadas não foram suficientes para eliminar completamente os indivíduos exóticos, que continuaram dominantes na área de estudo, comprometendo o estabelecimento e o crescimento de plantas nativas, tornando as técnicas de restauração ineficientes. No entanto, a roçada inicial diminuiu temporariamente a cobertura de exóticas, o que favoreceu o aumento da cobertura e riqueza de espécies nativas. Porém, do segundo para o terceiro tempo de avaliação, ocorreu a redução desses parâmetros para as espécies nativas. A partir do insucesso, núcleos de semeaduras foram adicionados em cada repetição dos tratamentos, exceto no TC. Contudo, devido às condições do solo, cobertura de exóticas, altas temperaturas e falta de chuva, houve poucas germinações, quando comparado ao total de sementes utilizadas, e parte dos indivíduos que germinaram não conseguiram se desenvolver. Das 7152 sementes utilizadas nas semeaduras, 3052 (42,67) germinaram, mas até o final das análises apenas 1884 (26,34% do total de sementes) plântulas germinadas sobreviveram. Para a adequada restauração da área do estudo, sugere-se a adoção de práticas para a eliminação permanente das plantas exóticas invasoras, pois sua competição com as nativas impede a restauração da área, seguido do fornecimento de matéria orgânica no solo. |